Entre janeiro e outubro de 2024, a produção brasileira de cloro cresceu 5,4% em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor).
A produção total do país foi de 913,6 mil toneladas na temporada analisada, frente a 866,6 mil toneladas entre os dez primeiros meses de 2023.
No período, a utilização da capacidade instalada passou de 70% para 73,2%. O consumo consolidado de cloro e produtos clorados, que soma a produção local mais importação, cresceu 11,2%, a maior elevação entre os índices consolidados. O consumo saiu de 1,18 milhão de toneladas entre janeiro e outubro de 2023 para 1,31 milhão de toneladas no período de 2024.
A importação de produtos clorados, como EDC e PVC, entre janeiro e outubro de 2024, cresceu 27,3% frente ao mesmo período de 2023. O volume de importação nos dez primeiros meses de 2023 foi de 331 mil toneladas, enquanto no mesmo período de 2024 o volume chegou a 396 mil toneladas.
“O crescimento da demanda interna por cloro e produtos clorados reflete o desempenho dos investimentos em saneamento e construção civil”, afirma o presidente-executivo da Abiclor, Milton Rego.
“No entanto, continuamos a ser o destino de importações de PVC dos Estados Unidos — que tem acesso às matérias-primas muito mais competitivas do que as nossas. A situação é análoga às importações da China, cujo mercado de construção tem crescido pouco nos últimos anos, resultando em um excesso de produtos com preços mais baixos para exportação”, acrescenta.
A produção de soda cáustica, feita em paralelo à do cloro, teve volume 5,9% maior do que o registrado entre janeiro e outubro de 2023, enquanto que o consumo teve uma alta de 9,5%. O país depende da importação de soda cáustica, vinda principalmente dos Estados Unidos.