Há pouco mais de um mês, Simoni enfrentou um grande revés em seu pesqueiro, que fica às margens da BR-163, em Cascavel (PR), onde um ano de trabalho foi comprometido. Uma interrupção no fornecimento de energia resultou na morte de 66 toneladas de peixes.
O local, que oferece serviços de pesque-pague e também produz tilápias para venda em frigoríficos, viu sua operação ameaçada. Desde então, Simoni e sua família têm se esforçado ao máximo para recuperar os danos e continuar com as atividades, enquanto aguardam uma resposta da Copel sobre o ocorrido. A falta de energia no pesqueiro foi crucial, pois impediu a oxigenação e a circulação adequada da água nos açudes, levando à mortalidade dos peixes. “Ficamos 24 horas sem energia. Eles não tiveram oxigênio suficiente na água e a mortalidade aconteceu”, explica Simone de Carvalho.
A resposta da Copel, no entanto, não atendeu às expectativas da empresária dona do Pesqueiro. Em um e-mail, a empresa informou que a interrupção foi causada por um dispositivo de proteção da rede, que visa garantir a segurança das pessoas e propriedades, e, portanto, não se responsabiliza pela continuidade do serviço. Essa justificativa deixou Simoni indignada, que esperava uma explicação mais satisfatória e um suporte diante do prejuízo. “Se eles fizessem a manutenção adequada nas redes, isso teria sido evitado”, desabafa.
Desde o incidente no pesqueiro, Simoni tem enfrentado dificuldades para dormir, preocupada com as contas, os funcionários e o futuro do negócio. Agora, ela se vê obrigada a buscar uma solução na justiça. “Achei que teríamos um acordo, um diálogo, mas simplesmente disseram não. Vou entregar nas mãos da Justiça e de Deus”, afirma. Para atender seus clientes, ela teve que comprar peixes de terceiros, pagando o dobro do preço.