A Força Aérea de Israel bombardeou entre a madrugada de domingo e a manhã desta segunda-feira posições na cidade litorânea de Tartus, no oeste da Síria, mais conhecida por abrigar uma base naval russa, usada para operações na região do Mediterrâneo e norte da África. O bombardeio é mais um dos centenas de ataques lançados pelas forças israelenses contra o território sírio, em meio à uma campanha que os militares dizem ter por objetivo impedir que o arsenal do regime de Bashar al-Assad caia nas mãos de grupos terroristas.
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Imagens do bombardeio compartilhadas nas redes sociais mostram uma imensa coluna de fumaça subindo no céu da região de Tartus, levantando suspeitas de que alguma reserva de munições ou explosivos tenha sido detonada pelo ataque. As Forças Armadas israelenses não se manifestaram diretamente sobre o bombardeio.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos classificou os ataques como os “mais violentos na região costeira da Síria” desde o início das operações militares israelenses em espaço sírio, que começaram em 2012. Ainda de acordo com o monitor sírio, os alvos atingidos no oeste do país incluiriam unidades de defesa aérea e depósitos de mísseis superfície-superfície.
Israel atingiu a Síria mais de 450 vezes desde o colapso do regime de Assad há uma semana, de acordo com o OSDH, destruindo a Marinha da Síria e dezenas de bases aéreas, depósitos de munição e outros equipamentos militares. Não há relatos imediatos de vítimas.
Os militares de Israel também tomaram e ocuparam uma extensão de território na Síria sobre a fronteira de fato entre os dois países, nas Colinas de Golã, incluindo o lado sírio do estratégico Monte Hermon. Israel não deu nenhum cronograma para sua partida, além de dizer que ficaria até que suas demandas de segurança fossem atendidas — contudo, o governo do Estado judeu aprovou durante o fim de semana planos para dobrar a população nas Colinas do Golã.
Autoridades israelenses tem repetido que os ataques são necessários para proteger a fronteira e impedir que o armamento da Síria caia nas mãos de extremistas enquanto o país permanece instável. Autoridades americanas ecoaram essas declarações, com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, dizendo na quinta-feira que Israel havia dito que a presença na Síria era “um movimento temporário” para garantir que vácuo de poder “não seja preenchido por algo ruim”.
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Apesar disso, a abordagem israelense começa a provocar um incômodo mais vocal entre as novas autoridades sírias. O líder do grupo Hayet Tahrir al-Sham (HTS), que ocupa o poder de fato de cidades como Damasco e Aleppo, afirmou que as ações militares ultrapassaram todos os limites.
— Os israelenses claramente ultrapassaram os limites de envolvimento na Síria, o que representa uma ameaça de escalada injustificada na região — afirmou Ahmad al-Sharaa, mais conhecido pelo seu nome de guerra, Abu Mohammed al-Jawlani, em uma entrevista a uma TV síria no sábado.
Al-Sharaa ainda disse que Israel estava usando pretextos para justificar avanços “injustificados” no território da Síria, afirmando, porém que a situação do país, após anos de guerra civil, “não permite novos confrontos”, e definindo como prioridade “neste estágio” a reconstrução e a estabilidade. (Com NYT)
Palestinos evacuam campo de refugiados em Gaza após ordem de Israel
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Palestinos fogem do campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro de Gaza, após ordens de evacuação israelenses — Foto: Eyad BABA / AFP
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Palestinos fogem do campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro de Gaza, após ordens de evacuação israelenses — Foto: Eyad BABA / AFP
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Palestinos fogem do campo de refugiados em Al-Maghazi, região central de Gaza, após ordem de evacuação de Israel — Foto: Eyad BABA / AFP
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Guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas continua — Foto: Eyad BABA / AFP
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Palestinos fogem do campo de refugiados em Al-Maghazi, região central de Gaza, após ordem de evacuação de Israel — Foto: Eyad BABA / AFP
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Palestinos fogem do campo de refugiados em Al-Maghazi, região central de Gaza, após ordem de evacuação de Israel — Foto: Eyad BABA / AFP
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Palestinos fogem do campo de refugiados em Al-Maghazi, região central de Gaza, após ordem de evacuação de Israel — Foto: Eyad BABA / AFP
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Palestinos fogem do campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro de Gaza, após ordens de evacuação israelenses — Foto: Eyad BABA / AFP