A tempestade já causou pelo menos sete mortes nas Caraíbas
O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) prevê que o furacão Melissa atinja em breve a costa sul de Cuba como um furacão de categoria 3 e de natureza “extremamente perigosa”, com ventos de 205 quilómetros horários.
A tempestade tem oscilado entre as categorias 3,4 5, as mais altas na escala Saffir-Simpson, nos últimos dias.
No que diz respeito à trajetória, o Melissa desloca-se sobre o leste de Cuba até esta manhã, para continuar a passar pelo sudeste ou centro das Bahamas no final do dia de hoje.
As Bermudas deverão ser atingidas na quinta-feira à noite, de acordo com o último relatório do NHC, que refere ainda que o centro do furacão se desloca a 16 quilómetros por hora.
Na Baía de Guantanamo, em Cuba, foram recentemente registados ventos sustentados de 61 quilómetros por hora (km/h) e uma rajada de 111 km/h.
Está em vigor um aviso de furacão para as províncias cubanas de Granma, Santiago de Cuba, Guantanamo, Holguin e Las Tunas, tendo os residentes sido aconselhados a procurar imediatamente um abrigo seguro.
Também estão em alerta o sudeste e o centro das Bahamas e as Bermudas, onde foi pedido à população que se organizasse com urgência para proteger vida e bens.
Enquanto estes países se preparam para a tempestade, as autoridades na Jamaica avaliam o resultado da passagem do Melissa.
Danos extensos foram relatados em partes de Clarendon, no sul da Jamaica, e na paróquia de St. Elizabeth, no sudoeste, que “ficou submersa”, disse o vice-presidente do Conselho de Gestão de Risco de Desastre da Jamaica, Desmond McKenzie.
A tempestade também danificou quatro hospitais e deixou um deles sem eletricidade, forçando as autoridades a retirarem 75 pacientes, notou McKenzie.
Mais de meio milhão de clientes estavam sem energia no final da terça-feira, enquanto as autoridades relatavam que a maior parte da ilha sofreu com queda de árvores e cortes de energia, além de extensas inundações.
O Governo disse que espera reabrir todos os aeroportos da Jamaica já na quinta-feira para garantir a rápida distribuição de suprimentos de emergência.
A tempestade já causou pelo menos sete mortes nas Caraíbas, incluindo três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana. Uma pessoa continua desaparecida.
