O tombamento de uma carreta, carregada de etanol, provocou explosão de grandes proporções na tarde deste domingo (6), por volta das 13h30, no km 233 da BR-101, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC). A explosão atingiu ao menos 25 veículos — sendo 22 automóveis e três carretas, segundo o Corpo de Bombeiros.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram momentos de pânico, com motoristas e passageiros correndo pela rodovia em meio às chamas para escapar do fogo. No momento da explosão, um ônibus de dois andares seguia no sentido contrário e conseguiu escapar. O que poderia ter gerado uma tragédia ainda maior.
Outro veículo pequeno não teve a mesma sorte e foi consumido pelo fogo, causando ferimentos nos ocupantes.
No momento da explosão os carros seguiam lentamente porque uma colisão obstruía parcialmente a pista. A carreta descia na mão inversa e tombou logo após ser ultrapassada por uma caminhonete. O combustível descia a pista no sentido dos veículos parados, provocando a outros incêndios.
Pessoas em pânico ficavam indecisas entre abandonar o veículo ou esperar para ver as consequências. Alguns pareciam mais preocupados em filmar do que em preservar a própria vida.
De acordo com os bombeiros, cinco pessoas ficaram feridas. O motorista do caminhão-tanque e sua esposa sofreram queimaduras nos membros superiores e inferiores, sendo encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pinheira.
A concessionária Arteris Litoral Sul, responsável pela administração do trecho, informou que a rodovia permanecia totalmente interditada nos dois sentidos, sem previsão de liberação. Por volta das 21h, o congestionamento chegava a 11 quilômetros no sentido Porto Alegre (sul) e 10 quilômetros no sentido Curitiba (norte).
Para acompanhar a liberação da pista basta clicar neste perfil da concessionária.
Equipes de emergência seguem no local atuando no rescaldo do incêndio, avaliação dos danos e remoção dos veículos envolvidos. As causas do tombamento ainda serão investigadas.
Imagens da concessionária vão ajudar na investigação do caso
Para o Coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, como o trecho é monitorado por câmeras será possível a perícia tentar identificar o que pode ter ocorrido, analisando o comportamento do motoristas antes do tombamento. “É preciso investigar esse caso, inclusive as condições de trabalho do condutor, tempo de direção, velocidade praticada. Caso o fogo tivesse atingido o ônibus que passava no momento da explosão, poderíamos ter dezenas de mortos carbonizados. Não podemos tratar esses casos como acidente. São fruto de várias circunstâncias que precisam ser investigadas para que não se repitam.”