A China está avançando na construção da primeira ilha artificial flutuante do mundo, equipada com um sistema de proteção capaz de resistir a explosões nucleares, segundo informações do South China Morning Post.
A megaestrutura, uma plataforma de duplo casco com 78 mil toneladas, será a primeira ilha artificial móvel e autossuficiente em escala global.
De acordo com o jornal, a plataforma terá deslocamento semelhante ao do porta-aviões Fujian, permitindo à China operar uma base oceânica contínua em áreas remotas ou disputadas, sem depender de portos ou instalações terrestres.
“Esta importante instalação científica em águas profundas foi projetada para funcionar em quaisquer condições climáticas e para permanência a longo prazo”, afirmou a equipe liderada pelo professor Yang Deqing, da Universidade Jiao Tong de Xangai, em artigo publicado no Chinese Journal of Ship Research.
O projeto utiliza painéis-sanduíche feitos de metamateriais, desenvolvidos para absorver e dissipar a energia gerada por um impacto nuclear.
Especialistas apontam que a estrutura terá duplo propósito: funcionar como laboratório de longo alcance e servir como posto avançado estratégico, mantendo operações críticas mesmo sob ameaças extremas.
Pequim prevê que a estrutura entre em operação em 2028.
Para analistas internacionais, o empreendimento representa um avanço significativo na corrida por infraestrutura marítima avançada. Eles destacam que a ilha poderá se tornar um importante centro de comunicações, vigilância e comando, capaz de sustentar operações prolongadas a grandes distâncias do território continental chinês.
Por Sputnik Brasil