A doença celíaca é autoimune, ou seja, o organismo da pessoa faz as ativações quando entra em contato com o glúten, presente nas farinhas de trigo, centeio, cevada e em outros alimentos que possuem contaminação cruzada. “Quando ela consome o glúten, esses anticorpos aparecem na corrente sanguínea e, em vez de eles, por exemplo, tentarem atacar o glúten, eles acabam atacando o nosso próprio corpo, por isso é uma doença autoimune, e isso gera uma constante inflamação, principalmente no intestino delgado e gera diversas manifestações clínicas”, explica a nutricionista Fabiana Magnabosco, que também é celíaca.

Por haver um problema na absorção de nutrientes, a pessoa com doença celíaca pode ter deficiência de muitas vitaminas, gerando diversas manifestações. “A pessoa pode ter sintomas como diarreia, constipação, dores abdominais, também pode ter problemas na pele, pode dar problema também em outros órgãos”, conta Fernanda. Segundo a especialista, são, em média, 300 sintomas que uma pessoa celíaca pode apresentar. “Antigamente a gente pensava que ela só aparecia na infância, mas hoje em dia a maioria dos diagnósticos são feitos em pessoas acima dos 20 anos de idade, e muitas pessoas têm descoberto a doença celíaca depois dos 50 anos de idade. Como é uma doença genética e a genética nem sempre é ativada, a gente pode nunca ter a doença, não é só porque tem a genética que teremos a doença, então ela pode aparecer em qualquer fase da vida. Geralmente ela aprece em situações de estresse, algum trauma, alguma coisa que aconteceu pode ativar a doença”, esclarece.

Apesar de algumas pessoas confundirem os termos doença celíaca e intolerância ao glúten, a nutricionista ressalta que o termo “intolerância” foi deixado de usar por volta de 2011. “Antigamente se falava em intolerância ao glúten, mas o mecanismo da intolerância é diferente da doença autoimune”, destaca. O assunto foi abordado com mais detalhes em entrevista no programa Ponto de Encontro com Fernanda. Entenda mais:


 

Como são diversos sintomas, muitas vezes a doença celíaca é confundida com outros problemas. Segundo Fernanda, o celíaco dura, em média, de seis a dez anos para ter o seu diagnóstico. “A pessoa fica dez anos indo em médicos tentando descobrir o que ela tem. Às vezes descobre outras doenças que são consequências de não ter tratado a doença celíaca antes”, comenta. “Às vezes a pessoa tem outras doenças diagnosticadas, mas ainda não se pensou em procurar, em pesquisar a doença celíaca nessa pessoa”, salienta. Para a nutricionista, o maior desafio para quem possui a doença é a contaminação cruzada. “Eu fiz um macarrão com glúten em uma panela, depois eu cozinhei um macarrão sem glúten na mesma panela. Pode ter ficado algum resíduo de glúten ali e ter passado para o meu alimento que eu fiz sem glúten. Isso é a contaminação cruzada e acontece em diversos locais”, esclarece.

É importante que pessoas celíacas evitem ao máximo o contato com o glúten, cuidando com a contaminação cruzada. Conforme Fernanda, pequenas quantidades de glúten ingeridas por dia podem resultar na reativação da doença. “Quando uma pessoa começa a fazer dieta sem glúten, esses anticorpos que estavam enlouquecidos agredindo nosso intestino e trazendo todas essas comorbidades, não tem mais esses ataques, o intestino volta a se recuperar. Então os nutrientes começam a ser absorvidos normalmente e se a pessoa fica se contaminando todos os dias com aquele pouquinho, isso pode reativar a doença em algum momento”, frisa a nutricionista.

Com cozinha inclusiva e livre de contaminação cruzada, Empório Fábrica de Delícias é opção para celíacos e intolerantes em Urussanga

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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