Meteorologistas espaciais emitiram um alerta nesta terça-feira, 11, para tempestades solares severas em direção à Terra, capazes de produzir auroras boreais coloridas e, temporariamente, perturbar as telecomunicações.

Nos últimos dias, o Sol lançou várias explosões de energia conhecidas como ejeções de massa coronal. Segundo meteorologistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, essas tempestades geomagnéticas intensas podem interromper comunicações via rádio e GPS.

A intensidade e o alcance das auroras dependem do momento em que as explosões solares atingirem a Terra e de como irão interagir com a atmosfera. Os espetáculos de luzes podem ser visíveis em grande parte dos Estados Unidos e até mesmo em regiões mais ao sul do que o habitual.

Por que as auroras estão mais frequentes?

O Sol está no auge do seu ciclo de atividade de 11 anos, o que torna as auroras mais comuns e disseminadas. Essas luzes coloridas, conhecidas como auroras boreais e austrais, costumam ser vistas próximas aos polos, onde partículas solares interagem com a atmosfera terrestre. No entanto, devido à intensa atividade solar, observadores têm registrado o fenômeno em locais inesperados.

A cada 11 anos, os polos solares trocam de lugar, provocando distúrbios magnéticos que intensificam as auroras. No ano passado, a Terra foi atingida pela mais forte tempestade geomagnética em duas décadas, resultando em espetáculos de luz até em regiões distantes do Círculo Ártico, como Alemanha, Reino Unido, Nova Inglaterra e Nova York.

Segundo a Nasa e a NOAA, a fase ativa do Sol deve persistir até pelo menos o final deste ano, embora o pico da atividade só seja identificado meses depois.

Impactos das tempestades solares na Terra

Além dos espetáculos luminosos, tempestades solares podem causar efeitos adversos no planeta. Quando partículas solares rápidas e plasma colidem com o campo magnético da Terra, podem afetar temporariamente a rede elétrica e interferir em sistemas de rádio, controle de tráfego aéreo e satélites em órbita. Tempestades severas também podem prejudicar comunicações de rádio e GPS.

Historicamente, eventos extremos já foram registrados: em 1859, uma tempestade solar provocou auroras visíveis até o Havaí e incendiou linhas telegráficas; em 1972, outra tempestade pode ter detonado minas magnéticas dos EUA na costa do Vietnã.

Especialistas em clima espacial ressaltam que não é possível prever tempestades solares com meses de antecedência. Por isso, alertas são emitidos poucos dias antes do impacto, permitindo que setores sensíveis se preparem para possíveis interrupções.

Com informações da Associated Press



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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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