DEPUTADO Eduardo Bolsonaro aprontou horrores
As tarifas dos Estados Unidos continuam para alguns setores, mas a retirada para a maioria dos produtos de exportação já torna essa uma das maiores trapalhadas políticas da história brasileira.
Quando o tarifaço começou, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava em baixa na popularidade e acumulava derrotas no Poder Legislativo. De lá para cá, acumulou altas em pesquisas, até a rodada mais recente. Teve também ganhos políticos, embora a instabilidade prossiga, e agora com risco de crescer. Por outro lado, o bolsonarismo se desgastou, se dividiu e afundou.
Trump largou a mão de Bolsonaro
A trupe formada por Eduardo Bolsonaro (PL) e o coautor Paulo Figueiredo busca tirar o mérito da diplomacia brasileira na ação do governo dos Estados Unidos. Mas a verdade é que pouco importa. Independentemente de responsáveis ou motivações, o problema que havia sido criado para a economia brasileira está bastante atenuado. Desse modo, o principal instrumento de pressão contra a prisão de Jair Bolsonaro (PL) deixa de existir. Justamente no momento mais crítico.
Não sei se o motivo da retirada das tarifas foi o trabalho da diplomacia brasileira, mas está evidente que Donald Trump largou a mão de Bolsonaro.
Interesses deles
É evidente que a retirada das sanções sobre importações atende aos interesses dos Estados Unidos. Ao modo das potências, o País nunca faz nada se não envolver benefício próprio. A situação de Bolsonaro foi usada como argumento público. A afinidade ideológica existe e há interlocução. Mas nunca foi só isso.
Trump parece ter constatado que os Estados Unidos se prejudicam muito também com as tarifas impostas ao resto do mundo. A alta dos preços é intensa. Até agora, sentiram mais do que o Brasil.
O plano diretor e a Sabiaguaba
Na coluna de quinta-feira, falei que a regra de transição prevista no “emendão” ao projeto de plano diretor de Fortaleza pode viabilizar obras que, pelo zoneamento proposto, seriam proibidos. Um desses casos envolve a chamada mata do Miriú, na Sabiaguaba. A esse respeito se manifestou a BLD Urbanismo, responsável pela iniciativa.
“A BLD Urbanismo esclarece que o empreendimento está dentro da legalidade, tendo sido aprovado pelo Conselho Gestor da Sabiaguaba e tendo inclusive a sua Análise de Orientação Prévia expedida pela própria Prefeitura, além de projetos aprovados na SEINF. O que a proposta da Conferência da Cidade fez foi tentar proibir algo que está dentro da legalidade.
“Ressalta-se ainda que o Diagnóstico Socioambiental do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e da Área de Proteção Ambiental da Sabiaguaba, elaborado em 2022-2025 pelo Consórcio IBERGEO-HIDRIA-HL no âmbito do SDP nº 004/2022, representa um dos levantamentos mais recentes e completos sobre a realidade ambiental e social da região. O estudo foi desenvolvido para subsidiar a revisão do Plano de Manejo e integra as ações do Programa Fortaleza Cidade Sustentável, financiado pelo Banco Mundial (Bird), com o propósito de fortalecer a capacidade de gestão municipal e promover intervenções urbanas ambientalmente responsáveis e classifica a área do nosso empreendimento como sendo adequada ao uso e de baixa vulnerabilidade para o entorno.”
Como apontou a coluna, os novos dispositivos, que estão na versão do plano enviado à Câmara Municipal, impediram esse projeto. Nas negociações, não se pretende mudar as regras, mas abrir exceção para obras que já tinham licença. Assim, se aprovado o “emendão”, a iniciativa poderá ser enquadrada na lei atual, não na que está em tramitação na Câmara. E, assim, ser liberado.

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