Walter Vieira e Matheus Vieira, sócios do laboratório PCS Saleme, foram liberados da prisão na tarde desta quinta-feira (12). A empresa dos dois foi a responsável pela contaminação de seis pacientes por HIV após receberem transplantes de órgãos.
A 6ª Câmara Criminal aceitou o pedido de habeas corpus dos dois e de Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis. Todos foram presos pela Polícia Civil para investigar a contaminação dos receptores dos transplantes.
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Na decisão do desembargador Marcelo Castro, ele revogou a prisão dos quatro , mas indicou outras medidas cautelares, são elas:
- Entrega do passaporte
- Comparecimento em juízo
- Proibição de exercer atividade profissional ligada ao ramo de laboratório de análises clínicas até o trânsito em julgado da ação na Justiça
- proibição de contato com as vítimas
- proibição de se ausentar da cidade onde residem
Contaminação com HIV
Seis pessoas foram contaminadas com o vírus HIV após receberem órgãos transplantados contaminado com vírus. Segundo um dos delegados responsáveis pela investigação do caso, André Neves, houve negligência na realização dos testes para aumentar os lucros do laboratório responsável pelas análises, PCS Saleme. O caso aconteceu no Rio de Janeiro.
A situação só foi descoberta quando um dos pacientes procurou atendimento médico no Rio no dia 10 de setembro e testou positivo para o vírus. Contudo, antes do transplante, o paciente havia recebido o resultado do exame negativo. A Secretaria de Saúde foi notificada e iniciou a investigação, que constatou que os doadores estavam doentes.
Assim que o caso foi descoberto, os serviços da clínica foram interrompidos e, desde então, o Hemorio realiza os exames. O laboratório tinha 39 irregularidades como falta de licença para funcionar, amostras de sangue sem identificação, material biológico armazenado em geladeira comum, ar-condicionado sem funcionamento, funcionários sem treinamento, entre outros.
O caso é investigado pela Polícia Federal.