Uma fábrica localizada no Vale do Paranhana, no Rio Grande do Sul, foi alvo de uma ação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) na quarta-feira (11).
Durante a operação Leite Compensado, agentes identificaram a produção de derivados lácteos adulterados, contendo soda cáustica, água oxigenada e até “pelos indefinidos”.
A fábrica produzia diversos produtos, como leite UHT, composto lácteo, leite em pó e soro, que eram distribuídos tanto no Brasil quanto para a Venezuela. Seis pessoas foram presas durante a operação, entre elas o engenheiro químico apelidado de “mago do leite”, que já havia sido preso em 2014 por crime semelhante na quinta fase da mesma operação.
Contaminação e Prisões
No local, os agentes encontraram produtos com sinais de adulteração, embalagens contendo pontos de sujeira e ingredientes impróprios para consumo. Cerca de 110 agentes cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em residências e empresas nas cidades de Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e na capital paulista.
Entre os presos estão:
- Um sócio-proprietário da fábrica;
- O diretor da empresa;
- Um supervisor;
- O engenheiro químico conhecido como “mago do leite”, responsável pelas alterações químicas;
- Uma mulher acusada de ordenar a destruição de provas;
- Um diretor administrativo da empresa, detido por posse ilegal de arma de fogo.
Histórico de Irregularidades
Esta é a 12ª fase da operação Leite Compensado, que investiga práticas criminosas na indústria láctea. O químico apelidado de “mago do leite” já havia sido preso em 2014 e absolvido de acusações semelhantes em 2005.