A exposição à poluição do ar pode aumentar o risco de desenvolver demência, de acordo com uma revisão realizada na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores examinaram mais de 2.000 estudos em sua revisão, encontrando 51 que analisavam uma associação entre a poluição do ar ambiente e a demência clínica publicados nos últimos dez anos, e encontraram evidências consistentes de uma associação entre PM2.5 e demência.

A revisão apontou para um aumento de 17% no risco de desenvolver demência para cada aumento de 2μg/m3 na exposição média anual a PM2,5. Também existiam associações entre dióxido de nitrogênio e óxido de nitrogênio e demência. Para o óxido de nitrogênio, houve um aumento de 5% no risco para cada 10μg/m3 na exposição anual. Para o dióxido de nitrogênio, houve um aumento de 2% no risco para cada aumento de 10μg/m3 na exposição anual.

Segundo os autores, existem muitas teorias sobre o motivo de o ar sujo pode aumentar o risco de demência. Pode ser simplesmente porque a poluição afeta a saúde cardiovascular e isso, por sua vez, afeta a saúde do cérebro. Outra teoria envolve o impacto da inflamação. A poluição pode atuar diretamente nas células nervosas ou em outras células do cérebro, interferindo em sua função geral.

Fonte: The BMJ. DOI: 10.1136/bmj-2022-071620.


By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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