Amostras de água foram coletadas para apontar o tipo de substância tóxica responsável pela mortandade de peixes em rio de Jaraguá do Sul

A Fujama (Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente) segue monitorando o ribeirão que passa pelo Rio Cerro, em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, após a mortandade de peixes no sábado (23).
Segundo a fundação, a causa provável é uma contaminação pontual que teria ocorrido em algum ponto do ribeirão, que deságua no Rio Cerro, afluente do Rio Jaraguá. Centenas de peixes foram encontrados mortos na região.
Equipes da Fujama percorreram toda a extensão do ribeirão, passando pelos rios Cerro, da Luz e Jaraguá, para vistoriar empresas próximas à região onde ocorreu a mortandade de peixes.
Segundo informações da Prefeitura de Jaraguá do Sul, durante as vistorias, foram encontradas evidências que podem indicar a origem da poluição. Em uma delas foi constatada a operação de atividades sem a devida licença ambiental, bem como o uso de produtos químicos que podem ter sido a causa da mortandade de peixes registrada no fim de semana.
Ainda de acordo com a prefeitura, novas amostras de água foram coletadas diretamente nesta empresa e encaminhadas para análise laboratorial.
“Estamos diante de um caso grave de poluição, que afetou de forma direta a biodiversidade aquática dos nossos rios”, diz o presidente da Fujama, Anderson Kassner, acrescentando que “todos os elementos técnicos e laboratoriais coletados serão utilizados para responsabilizar o infrator, conforme a lei”.
Como está a situação da contaminação no rio
Fujama coleta amostras para investigação do que causou a mortandade de peixes em rio – Vídeo: Divulgação/Fujama/ND
Na manhã desta segunda-feira (25), o biólogo da fundação, Gilberto Duwe, informou que não foram mais observados peixes agonizando, o que indica que o pico da contaminação foi no sábado e a substância tóxica desceu pelo rio.
“No domingo continuamos monitorando e não foram mais observados peixes agonizando. Na segunda pela manhã a mesma coisa, não vimos peixes se debatendo, o que é um indicativo que o pico da contaminação, possivelmente, ocorreu de forma pontual na manhã de sábado e eles foram descendo pelo rio”, explicou Duwe.
No entanto, segundo o biólogo, mesmo em pequena quantidade, a substância despejada foi extremamente tóxica, resultando na mortandade de peixes.
Técnicos coletaram amostras da água para análise em laboratório. O resultado, que leva em média de 15 a 20 dias, deve identificar o tipo de substância que causou a morte dos peixes e o responsável pela contaminação.
Monitoramento e ações futuras após mortandade de peixes

A Prefeitura de Jaraguá do Sul informou que o monitoramento do ribeirão na região do Rio do Cerro vai continuar até o final desta semana. As equipes da Fujama estão vistoriando o local e coletando dados para a investigação do que causou a mortandade de peixes.
Por meio de nota, a Fujama reforça que seguirá acompanhando o caso com rigor técnico e jurídico, garantindo a aplicação das sanções previstas na legislação ambiental. A instituição reafirma seu compromisso com a fiscalização e a preservação do meio ambiente e da qualidade de vida da população de Jaraguá do Sul.