As investigações sobre a queda do Boeing 787-8 da Air India, ocorrida em 12 de junho, passaram a focar na hipótese de corte acidental do combustível durante a decolagem. A aeronave, que transportava 242 pessoas e tinha como destino Londres, caiu instantes após descolar do aeroporto de Ahmedabad, na Índia. Apenas um passageiro sobreviveu.
Segundo reportagem do site especializado The Air Current, que ouviu fontes próximas da investigação, os esforços se concentram agora nos interruptores de controle de combustível do motor, que podem ter sido acionados indevidamente. A hipótese ganhou força após a análise dos gravadores de dados de voo e de voz, que não indicaram falhas técnicas nem contaminação no combustível até o momento.
A suspeita é que os motores tenham perdido empuxo logo após o avião atingir cerca de 198 metros de altitude. Vídeos gravados por testemunhas mostram a aeronave perdendo força segundos após decolar, um dos indícios de que o fornecimento de combustível pode ter sido interrompido.
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Relatório preliminar
Fontes ligadas à investigação informaram à agência Reuters que o relatório preliminar do acidente deverá ser divulgado até sexta-feira (11). Segundo a agência ANI, o documento já foi apresentado ao Ministério da Aviação Civil da Índia nesta terça-feira (8).
Apesar da gravidade do acidente — considerado um dos piores desastres aéreos dos últimos anos —, a investigação tem sido marcada por falta de transparência, com poucas informações divulgadas até agora.
Autoridades indianas realizaram apenas uma coletiva de imprensa, sem responder a perguntas da imprensa, e impediram a participação de um especialista da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), órgão vinculado à ONU. A Air India e a Boeing ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o novo rumo da apuração.