Uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Araripina, no sertão pernambucano, resultou em um incidente grave na tarde desta terça-feira (25). Durante a ação de combate a veículos irregulares, um caminhão reboque que transportavam motocicletas apreendidas foi alvo de um incêndio criminoso.
De acordo com as primeiras informações, um homem — indignado pela perda de sua motocicleta — ateou fogo ao caminhão que transportava os veículos apreendidos.
O fogo se alastrou rapidamente, destruindo dezenas de motocicletas e chegando a causar uma explosão. No local, além do reboque incendiado, havia outro veículo carregado com motos apreendidas durante a operação, mas felizmente esse não foi atingido.
Registros feitos por moradores e viralizados nas redes sociais capturaram momentos dramáticos do incidente. Os vídeos mostram agentes da PRF utilizando extintores em uma tentativa frustrada de conter as chamas, enquanto civis se juntavam aos esforços para retirar motocicletas do reboque em chamas. Apesar dos esforços, a maioria das motos não pôde ser salva, sendo rapidamente consumidas pelo fogo intenso.
Um caminhão do Corpo de Bombeiros foi mobilizado para o local, mas as chamas já haviam atingido proporções críticas quando a equipe chegou. O incêndio resultou em uma explosão que destruiu completamente o caminhão reboque e a motocicletas. A Polícia Militar foi acionada para reforçar a segurança no perímetro, auxiliando no controle da área e no apoio diligências iniciais.
Outro fato que chama atenção é que o incidente ocorreu próximo à Delegacia de Polícia Civil da cidade, cenário de outro episódio violento semelhante ocorrido no início do ano. No dia 1º de janeiro de 2025 (há exatos 2 meses e 24 dias), criminosos incendiaram 12 veículos apreendidos que estavam estacionados no pátio externo da delegacia.
— Homens incendeiam 12 veículos e tentam atear fogo em delegacia de Araripina
Os veículos estavam apreendidos e estacionados na área externa da unidade policial. Segundo as autoridades, dois homens foram responsáveis por atear fogo nos automóveis e, em seguida, tentar incendiar o prédio da delegacia. O fogo no edifício foi rapidamente controlado, evitando maiores danos.
Operações policiais voltadas à recuperação e restituição de veículos roubados aos seus legítimos proprietários são de fundamental importância para a sociedade. Por trás de cada automóvel ou motocicleta apreendida, há histórias de violência — desde vítimas que sofreram traumas durante os crimes até casos extremos de latrocínio (roubo seguido de morte). A devolução desses bens representa não apenas a reparação de um direito violado, mas também o alívio para famílias que tiveram seu patrimônio tomado pela força.
Apesar de alguns argumentarem que os veículos recuperados seriam “de trabalhadores”, essa narrativa desconsidera o grave problema social por trás da receptação. Cada veículo roubado/furtado que circula ilegalmente potencializa novos crimes, desde assaltos até homicídios. Quando a sociedade tolera ou justifica o comércio desses bens, acaba por compactuar com uma cadeia criminosa que vítima inúmeras pessoas.
Quem os comercializa (compra e venda), mesmo que alegue desconhecimento, está fomentando uma rede ilegal e pode responder criminalmente por receptação.
A Polícia Civil e a PRF seguem no local realizando diligências para apurar o caso. O suspeito do incêndio foi detido e deve responder por dano qualificado e atentado contra o patrimônio público. Além disso, as autoridades trabalham para contabilizar os prejuízos e identificar possíveis outros envolvidos.
