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O soldado condecorado das Forças Especiais dos Estados Unidos que morreu por suicídio sofria de stress pós-traumático e dores, que o mantinham acordado durante a noite. Confessou ainda a uma antiga namorada que costumava reviver episódios de violência do seu destacamento no Afeganistão.

Um Tesla em chamas após uma explosão junto a um hotel de Trump, em Las Vegas

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ALCIDES ANTUNES

O soldado condecorado das Forças Especiais dos Estados Unidos que morreu por suicídio numa explosão de um carro no dia de Ano Novo confidenciou a uma antiga namorada – que tinha servido como enfermeira do Exército – que sofria de dores e exaustão significativas que, segundo a mesma, eram os principais sintomas de uma lesão cerebral traumática.

Exaustão, dores e stress pós-traumático

Segundo apurou a Associated Press (AP), Livelsberger era muito reservado, mas partilhou imagens e textos com Alicia Arritt, 39 anos, que conheceu e começou a namorar no Colorado em 2018. Nesses textos, falou de exaustão, de dores que o mantinham acordado durante a noite e de reviver a violência do seu destacamento no Afeganistão.

“A minha vida tem sido um inferno pessoal no último ano”, disse a Arritt nos primeiros dias de namoro, de acordo com mensagens de texto que ela forneceu à AP.

Arritt também serviu no ativo no Exército como enfermeira de 2003 a 2007, tendo sido destacada para o complexo médico militar na Alemanha, onde ajudou a tratar muitos soldados com lesões cerebrais traumáticas e ferimentos de explosão resultantes de combates terrestres no Afeganistão e no Iraque.

Alicia Arritt disse que os militares não conseguiram dar a Livelsberger os cuidados de que ele precisava, sintomas que identificou já em 2018.

“Ele passava por períodos em que se retirava e lutava contra a depressão e a perda de memória”, disse Arritt. “Ele disse que foi uma lesão de explosão. Ele teve várias concussões por causa disso.

Livelsberger também lidava com stress pós-traumático e revivia alguns dos atos de violência e assassinatos em que participou ou que testemunhou no Afeganistão.

“Eu encorajava-o a fazer terapia e ele dava-me razões para não o fazer”, disse Arritt. “Havia um grande estigma na sua unidade, eles eram, sabe, grandes, fortes, tipos das Forças Especiais, não permitiam fraquezas e eles viam a saúde mental como uma fraqueza.”

Livelsberger serviu nos Boinas Verdes [Green Berets, em inglês], forças especiais altamente treinadas que trabalham para combater o terrorismo no estrangeiro e treinar parceiros de outros países, detalhou o Exército norte-americano em comunicado.

Este militar serviu no Exército desde 2006, subindo na hierarquia com uma longa carreira em missões no estrangeiro, destacando-se duas vezes no Afeganistão e servindo na Ucrânia, Tajiquistão, Geórgia e Congo, ainda segundo a mesma fonte.

Foi condecorado com duas Estrelas de Bronze, incluindo uma com bravura, por coragem sob fogo, um distintivo de infantaria de combate e uma Medalha de Louvor do Exército com bravura. Livelsberger estava de licença aprovada quando morreu, de acordo com a força militar.

Tesla explodiu nas imediações do Hotel de Donald Trump em Las Vegas

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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