As promessas de eficiência energética, no entanto, fizeram soar um alerta entre a comunidade científica. O projeto gerou forte reação entre astrônomos e ambientalistas, que pedem uma avaliação de impacto ambiental antes do lançamento.
“Esses refletores vão emitir feixes de luz quatro vezes mais brilhantes que a Lua cheia”, disse o astrônomo John Berentine, do Observatório Silverado Hills, no Arizona, ao site especializado Space. “Isso pode afetar diretamente a vida selvagem nas áreas iluminadas e, indiretamente, outras regiões por causa da dispersão da luz na atmosfera”.
Para Robert Massey, vice-diretor da Sociedade Astronômica Real, do Reino Unido, o plano é preocupante. “O objetivo central é iluminar o céu e estender o dia. E, do ponto de vista astronômico, isso é catastrófico”, disse.
Astrônomos também temem o impacto dos espelhos sobre a observação do espaço. Projetos existentes, como o Starlink, da SpaceX, já enfrentam críticas por deixarem rastros luminosos nas imagens astronômicas. A diferença, segundo Massey, é que, no caso da Reflect Orbital, a reflexão intensa da luz solar não é um efeito colateral – é o objetivo principal.
