Um conjunto de sete tipos diferentes de falhas favoreceu a inundação em municípios da região metropolitana de Porto Alegre. Esse é um dos apontamentos de um estudo recém-concluído e assinado por 20 autores. Intitulado “Desastre Hidrológico Excepcional de Abril-maio de 2024 no Sul do Brasil”, o estudo detalha os erros que agravaram o impacto da cheia, segundo informa GZH. Para os autores, as deficiências decorreram da falta de gestão adequada do sistema de prevenção ao longo do tempo.
O mapeamento identificou pelo menos 18 locais em que as estruturas de proteção falharam em conter a enchente em quatro municípios que deveriam estar protegidos por obras erguidas durante várias décadas: Novo Hamburgo, São Leopoldo, Canoas e Porto Alegre. Em apenas dois pontos, um em São Leopoldo e outro em Novo Hamburgo, a cheia superou a cota de segurança prevista nos projetos.

Foto: Alex Rocha/PMPA
Foi inaugurada ontem, no início da manhã, a segunda escultura de Porto Alegre que homenageia os voluntários que atuaram em resgates, durante a enchente que atingiu a capital em maio. Chamada de “Heróis voluntários”, a obra é assinada pelo artista Ricardo Cardoso, teve curadoria de Cézar Prestes e ficará localizada no trecho 1 da orla do Guaíba. Retratando em tamanho real o barco Fraternidade, a estrutura de aço corten mede seis metros de comprimento, dois de largura e quatro de altura. Além de pessoas voluntárias e resgatadas, estão representados também animais de estimação. A homenagem é uma iniciativa da Federação de Entidades Empresariais do RS (Federasul) e da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Conforme o presidente da Federasul, o monumento “eterniza o espírito solidário que transformou voluntários em heróis”.