Diversas organizações cidadãs e coletivos ambientais em Entre Ríos emitiram um comunicado público expressando sua oposição firme aos projetos de dragagem nos rios Uruguai e Gualeguaychú.

Estas manobras são impulsionadas por setores empresariais que, segundo denunciam, priorizam interesses privados acima do bem comum.

Dragagem do rio Uruguai: questionamentos sobre o uso de fundos públicos

Denuncia-se uma obra cara que beneficiaria a indústria florestal-extrativa.

O comunicado adverte sobre o destino incerto de milhões de dólares em recursos públicos, que seriam utilizados para financiar obras de dragagem que só beneficiariam a grupos privados vinculados ao modelo extrativista. As organizações apontam que:

  • Os fundos poderiam ser destinados à saúde e educação
  • A obra não gera emprego local de qualidade
  • O impacto ambiental seria irreversível, afetando a qualidade da água e a biodiversidade

Hidrovia a serviço de exportações estrangeiras

A dragagem até Concordia favoreceria interesses logísticos do sul do Brasil.

Os coletivos denunciam que a extensão da dragagem não atende às necessidades locais, mas busca transformar o rio Uruguai em uma hidrovia para facilitar a exportação de soja, eucalipto e minério de ferro do Brasil. Isso implicaria:

  • Investimento estatal para reduzir custos logísticos de conglomerados estrangeiros
  • Impacto ambiental assumido pela Argentina sem benefícios soberanos

Dragagem do rio Gualeguaychú: uma obra para interesses náuticos e extrativos

Questiona-se a transformação do rio em função de empreendimentos privados.

O projeto de dragagem no Gualeguaychú é qualificado como uma obra faraônica destinada a permitir o acesso de embarcações privadas ao Clube Náutico, em vez de utilizar a desembocadura natural no rio Uruguai. Além disso, denuncia-se:

  • Um negócio encoberto de extração de áridos
  • Riscos para o turismo familiar e a recreação comunitária
  • Avanço de bairros náuticos que poderiam privatizar a costa

ríos Uruguay y Gualeguaychú Preocupação com a dragagem dos rios Uruguai e Gualeguaychú

Impactos ambientais e sociais da dragagem

Contaminação, perda de acesso público e transformação da paisagem fluvial.

As organizações advertem que transformar os rios em hidrovias para lanchas e barcaças de areia provocaria:

  • Contaminação acústica e por combustíveis
  • Maior risco de acidentes para banhistas e desportistas
  • Perda do livre acesso ao rio e avanço de negócios imobiliários

Convocatória cidadã: defesa do rio, do ambiente e da soberania

As organizações convocam à ação coletiva para frear os projetos de dragagem dos rios Uruguai e Gualeguaychú.

Diante desses cenários, os coletivos convocam a comunidade a:

  • Informar-se sobre os impactos reais da dragagem
  • Organizar-se em defesa dos bens comuns
  • Mobilizar-se para proteger os rios, o ambiente e a soberania territorial

“Nossos rios não são mercadorias nem corredores logísticos para interesses alheios. São parte de nossa identidade, nossa saúde ambiental e nosso direito ao território”, afirmam.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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