Também há risco de contaminação por Salmonella, resistente a antibióticos e, em alguns casos, causadora de febre tifoide; além de Escherichia coli, responsável por gastroenterites (diarreia, vômito, cólicas abdominais e febre) e infecções urinárias.
Além de bactérias, ácaros responsáveis por infecções também podem dar as caras. Apesar de não ter como comprovar a relação, em 2023, uma jovem brasileira disse que contraiu sarna humana (escabiose) ao utilizar um colchonete sujo na academia. Ela recebeu o diagnóstico após o surgimento de bolinhas que coçavam muito e se alastraram por suas pernas, costas, nádegas e braços em poucos dias.
Já a combinação de falta de limpeza, incluindo a dos filtros de ar-condicionado, com ambientes fechados e abafados e respiração rápida durante os treinos pode facilitar a propagação de doenças respiratórias como gripe, sarampo e covid-19. O vírus da mpox, cujo sintoma mais comum são erupções na pele, também pode espreitar acessórios, como caneleiras, ou aparelhos, principalmente entre aqueles em que há fricção direta com a pele.
Atenção com vestiários e bebedouros
Embora prático, o vestiário da academia também tende a facilitar a proliferação de micro-organismos por ser úmido e fechado. Há nele superfícies compartilhadas, como pias, pisos, bancos e chuveiros, que são fontes de contaminação e aumentam o risco de infecções, como micoses, especialmente se o ambiente não for bem higienizado.
Também é possível contrair hepatites virais, conjuntivite (agravada pelo toque das mãos não higienizadas nos olhos), e até pulgas e piolhos, se houver contato com toalhas ou roupas contaminadas. Em dias quentes, o problema é ainda maior, pois a transpiração aumenta, favorecendo o crescimento de fungos e bactérias.