O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), classificou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), como “um desastre” ao comentar possíveis nomes da direita para a sucessão presidencial de 2026. Ciro incluiu o
mineiro na lista de potenciais candidatos da direita à Presidência da República
A lista incluiu os nomes de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul, Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, e o mineiro Zema.
“Tarcísio, o mais qualificado de todos, Ronaldo Caiado, um bom administrador, o Eduardo Leite, um bom administrador, quem mais? O Zema, que é um desastre, mas eu tenho que fazer a lista aqui”, disse, antes de afirmar que apenas a direita tem nomes qualificados para a presidência, enquanto a esquerda está concentrada no presidente Lula (PT),
que deve tentar a reeleição
“Vocês vão reparar, só tem candidato pela direita. Por quê? Porque o Lula, pela esquerda, não deixa nascer nada. Esse é o país que nós chegamos, por isso que eu estou descrente no sistema”, disse.
‘Lula está cansado’
Ciro não poupou também o presidente, a quem sugeriu que desistisse da reeleição por questões de idade e desgaste físico. “O Lula vai chegar na eleição com mais de 80 anos. Ontem ele cancelou o compromisso de um jantar. […] É sintomático daquilo que eu estou sabendo. O Lula está cansado”, afirmou.
“Se tivesse um pouco de responsabilidade com o país, não seria mais candidato”, prosseguiu.
Segundo Ciro Gomes, a eventual saída de Lula da corrida presidencial poderia “descomprimir” o cenário eleitoral, inclusive neutralizando o bolsonarismo. “Ele pode chegar a essa conclusão. Se ele não é, descomprime muito o quadro. Aí vira um quadro parecido com 1989. […] Junto com a saída dele também descomprime o pólo antagônico que o serve e a ele vice-versa, um serve o outro”, afirmou.
Críticas a Bolsonaro
O ex-ministro também comparou as situações de Lula e Bolsonaro, relembrando o processo de 2018, em que o petista foi impedido de concorrer por estar preso, trazendo a possibilidade de Bolsonaro tentar se candidatar mesmo diante de uma condenação judicial.
“O Bolsonaro está de forma irrecorrível, inelegível. […] Pode repetir a irresponsabilidade do Lula em 2018. De dentro da cadeia, se lança candidato sem poder ser. […] Isso aconteceu em 2018”, afirmou. “O Bolsonaro pode se lançar de dentro da cadeia candidato à presidência do Brasil. Quem reclamar, ele vai dizer: ‘O Lula não fez? Por que eu não posso fazer?’”, afirmou.