Biden Afirma Que Políticas de Trump Podem Levar os EUA a um “Desastre Econômico”

Em um discurso nesta terça-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou que as propostas econômicas de seu antecessor, Donald Trump, incluindo cortes de impostos para os mais ricos e grandes corporações, podem resultar em um “desastre econômico” para o país. Biden pediu que Trump rejeite o “Projeto 2025”, um plano criado pela Fundação Heritage, que delineia políticas para um possível segundo mandato de Trump, e que, segundo o presidente, poderia colocar em risco a recuperação econômica dos EUA.

Biden destacou que Trump, ao assumir o cargo em 2025, terá que escolher entre fortalecer a classe trabalhadora ou favorecer os grandes interesses corporativos e os ricos. O atual presidente questionou: “Continuaremos a impulsionar a economia de baixo para cima, apoiando trabalhadores e sindicatos, ou priorizaremos os grandes negócios e a redução de impostos para os ricos?”.

Durante seu mandato, Biden investiu em infraestrutura, indústrias e comunidades marginalizadas, evitando uma crise econômica mais profunda após a pandemia de COVID-19. Ele argumentou que essas medidas ajudaram a construir uma base sólida para um crescimento sustentável, mas temia que as políticas fiscais propostas por Trump, como as reduções de impostos e cortes nos programas sociais, pudessem prejudicar esses avanços.

Trump, que promete cortar ainda mais impostos para as empresas, propõe uma redução da taxa de imposto corporativo de 21% para 15% para aquelas que produzem todos os seus bens nos EUA. Biden também criticou a política comercial de Trump, que inclui tarifas de até 25% sobre produtos de países como Canadá e México, além de uma sobretaxa de até 60% sobre produtos chineses, argumentando que essas taxas seriam pagas pelos consumidores americanos, e não pelos países estrangeiros, como Trump sugere.

Em um tom mais descontraído, Biden também fez uma piada sobre os cheques de estímulo enviados durante a pandemia, lembrando que Trump assinou os primeiros cheques, enquanto ele mesmo optou por não assinar os seus.

Biden se vangloriou das conquistas econômicas de seu governo, como a criação de 16 milhões de empregos e a menor taxa de desemprego em 50 anos. Contudo, ele reconheceu que a economia continuará a ser uma preocupação central nas próximas eleições, especialmente com a inflação, que atingiu 9,1% em junho de 2022, embora tenha diminuído para 2,6% até outubro deste ano

Fonte: Exame