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Após a suspensão de grande parte da assistência externa dos EUA pelo então presidente Donald Trump, o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que cada gasto internacional deve ser justificado pelo impacto direto nos interesses nacionais. “Cada dólar investido, cada programa apoiado e cada política adotada deve responder a três questões essenciais: isso torna os EUA mais seguros? Mais fortes? Mais prósperos?”, declarou Rubio.
A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que atua em mais de 120 países oferecendo suporte em saúde, educação e resposta a desastres, foi duramente impactada. A agência desempenha um papel crucial no combate a doenças infecciosas com potencial pandêmico. Em 2014, por exemplo, ajudou a conter o surto de Ebola na África Ocidental, impedindo sua disseminação nos EUA.
Nos últimos anos, novas ameaças surgiram, como os surtos de Ebola em Uganda, o vírus Marburg na Tanzânia e a mpox na República Democrática do Congo. A USAID investiu mais de US$ 900 milhões em 2023 em vigilância de doenças em 30 países, mas os cortes na assistência externa comprometeram esses esforços. Com a redução de pessoal e financiamento, muitos programas foram interrompidos, deixando países vulneráveis sem apoio essencial.
A suspensão dos recursos impactou sistemas de saúde, resultando no aumento de casos de malária, tuberculose resistente a medicamentos e desnutrição infantil.
Segundo documentos da USAID, a interrupção dos contratos pode levar à paralisia de 200 mil crianças pela poliomielite e à desnutrição severa de mais de um milhão de crianças. Além disso, 20 milhões de pessoas que dependem do Plano de Emergência do Presidente dos EUA para Alívio da AIDS (PEPFAR) enfrentam riscos devido à suspensão do fornecimento de medicamentos antirretrovirais.
Líderes históricos dos EUA reconheceram a importância estratégica da assistência externa. O presidente John F. Kennedy criou a USAID em 1961 para ampliar a influência dos EUA, enquanto George W. Bush priorizou investimentos em saúde global. A pandemia de COVID-19 evidenciou como surtos locais podem se tornar emergências globais, afetando economias e sistemas de saúde.
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