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Métricas de sustentabilidade e ESG: o novo eixo estratégico das empresas



Publicado segunda, 29 de dezembro de 2025





Por Bruno Medeiros Durão

A elaboração da agenda ESG (ambiental, social e governança) marca uma transformação profunda na forma como as empresas são avaliadas pelo mercado, por investidores e pela sociedade. O que antes era tratado como política acessória de responsabilidade corporativa passou a ocupar o centro das decisões estratégicas, influenciando diretamente a gestão de riscos, o acesso ao financiamento e a sustentabilidade econômica dos negócios no longo prazo.
Nesse contexto, as métricas de sustentabilidade assumem papel decisivo. Indicadores ambientais, como a mensuração das emissões de gases de efeito estufa, o uso eficiente de recursos naturais, a gestão de resíduos e o consumo energético, também têm objetivos para avaliar o impacto das atividades empresariais. No pilar social, ganham relevância dados relacionados à diversidade e inclusão, condições de trabalho, segurança ocupacional, relação com comunidades e respeito aos direitos humanos. Já na governança, destacam-se análises que envolvem transparência, ética corporativa, políticas de compliance, estrutura decisória e responsabilidade fiscal.
As medições de sustentabilidade deixaram de ser apenas relatórios institucionais. Eles passaram a integrar a análise de risco econômico, jurídico e financeiro das empresas, impactando diretamente o custo de capital, o acesso às linhas de crédito e a confiança dos investidores.
Um dos pontos que mais avançaram na agenda ESG é a governança fiscal. A forma como as empresas conduzem seu planejamento tributário, cumprem obrigações legais e divulgam informações ao mercado tornaram-se parte essencial da avaliação de sustentabilidade corporativa. A governança fiscal responsável é hoje um elemento-chave do ESG. Um planejamento tributário alinhado à legalidade, à transparência e às boas práticas reduz passivos, fortalece a privacidade corporativa e contribui para a perenidade dos negócios.
Além da pressão de investidores e consumidores, o avanço regulatório tem ampliado a exigência de dados confiáveis ​​e mensuráveis. Relatórios de sustentabilidade, balanços integrados e padrões internacionais de divulgação são incorporados à rotina das empresas, exigindo maior rigor técnico e interdisciplinaridade entre as áreas jurídica, financeira e operacional.
Nesse cenário, o ESG deixa de ser uma agenda exclusivamente ambiental ou reputacional e passa a se consolidar como um modelo de gestão empresarial. O futuro da competitividade empresarial passa pela capacidade de medir, reportar e gerenciar impactos. As medidas de ESG não refletem apenas compromisso socioambiental, mas funcionam como instrumentos de proteção jurídica, estabilidade financeira e geração de valor no longo prazo.
Dessa forma, a incorporação efetiva das métricas de sustentabilidade reforça a conexão entre responsabilidade socioambiental, governança corporativa e desempenho econômico, consolidando o ESG como um dos principais pilares da estratégia empresarial contemporânea.

COLUNISTA

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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