As atividades de enfermagem em três setores do Hospital Municipal Pedro I, em Campina Grande, foram interditadas nesta sexta-feira (14) pelo Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB). Entre os setores afetados está a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta.
Os setores atingidos pela interdição são: o centro de material e esterilização, a unidade de terapia intensiva (UTI) adulta e o posto de enfermagem.
Foram identificadas falhas graves na estrutura física, precariedade de equipamentos, armazenamento inadequado de materiais essenciais, registros de enfermagem inconsistentes, rotinas de trabalho impróprias, deficiências na higiene e falta de privacidade no atendimento aos pacientes, fatores que comprometem a qualidade da assistência e a segurança dos usuários.
Veja, abaixo, as principais irregularidades identificadas:
A presidente do Coren-PB, Rayra Beserra, afirmou que a interdição é uma medida extrema, mas necessária diante da gravidade da situação.
Antes da interdição, o Coren-PB realizou três visitas técnicas ao longo de um ano, emitiu orientações e notificações e promoveu duas audiências de conciliação, oferecendo à gestão do hospital diversas oportunidades para implementar as correções necessárias. Mesmo assim, nenhuma medida eficaz foi adotada para resolver a situação crítica identificada.
Segundo a Secretaria de Saúde de Campina Grande ao g1, a interdição não causou prejuízo aos usuários que dependem dos serviços do hospital. A pasta informou ainda que, em reunião realizada nesta sexta-feira, foram apresentadas as exigências do Coren-PB, que serão atendidas.
A interdição segue em vigor até que a direção do hospital apresente soluções efetivas e encaminhe ao Conselho o pedido de desinterdição.
