Boeing 747 foi operado pela ACT Airlines da Turquia em nome da Emirates
Dois membros do pessoal de segurança do Aeroporto Internacional de Hong Kong morreram na madrugada de segunda-feira, depois de um avião de carga Boeing 747 vindo do Dubai ter derrapado na pista durante a aterragem e colidido com o veículo em que seguia, empurrando-o para o mar, avança a Reuters que cita fonte oficial.
O aparelho, operado pela transportadora turca ACT Airlines em nome da Emirates, ficou parcialmente submerso, mas os quatro tripulantes a bordo escaparam ilesos.
“O pessoal de segurança do aeroporto não estava a respirar quando foi resgatado da água, tendo sido confirmada a morte de um deles no local e de outro mais tarde no hospital”, revelou Steven Yiu, diretor executivo das operações aeroportuárias da Autoridade Aeroportuária de Hong Kong. Os dois funcionários que trabalharam no aeroporto há sete e 12 anos.
O Departamento de Aviação Civil de Hong Kong afirmou, em comunicado esta segunda-feira, que o avião “se desviou da pista norte após a aterragem e caiu no mar”.
Já a Emirates disse que o voo EK9788 sofreu danos ao aterrar em Hong Kong e era um avião de carga Boeing 747 encomendado com tripulação e operado pela ACT Airlines.
“A tripulação está confirmada como segura e não havia carga a bordo”, garantiu a Emirates.
O acidente ocorreu cerca das 03h50 locais (20h50 de domingo em Portugal Continental) na pista norte do aeroporto, o mais movimentado do mundo em tráfego de carga. As causas ainda estão a ser investigadas, incluindo as condições adversas, da pista e do próprio avião.
Segundo as autoridades, o veículo de segurança não invadiu a pista, e o avião desviou-se inesperadamente para a esquerda após tocar o solo – uma trajetória considerada anomala.
Apesar da gravidade do acidente, a operação do aeroporto não foi afetada. No entanto, a pista norte permanecerá encerrada até à conclusão das inspeções de segurança.
De acordo com uma base de dados da Aviation Safety Network, este é o acidente de aeroporto mais mortífero em Hong Kong desde que um voo da China Airlines se aterrissou em 1999, matando três das 315 pessoas a bordo.