A tragédia que vitimou José Rudel D’ávila Pinto, de 24 anos, e Alice Visentin, de 18, em Passo Fundo, teve sua causa confirmada pela Polícia Civil: uma instalação de gás mal executada. O técnico responsável, que admitiu não possuir qualificação técnica, será indiciado por homicídio culposo, já que não houve intenção, mas sim negligência evidente ao realizar um serviço que exigia conhecimento especializado.
Segundo a delegada Carolina Goulart, o homem esteve no imóvel poucas horas antes da explosão que destruiu o apartamento e feriu gravemente os jovens. José não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois, com 70% do corpo queimado. Alice, que permaneceu hospitalizada por quase dois meses, faleceu recentemente, no dia 24 de setembro, encerrando de forma trágica a história do casal, que havia se mudado para a cidade para iniciar uma nova fase da vida.
A instalação precária envolvia uma mangueira de gás conectada de forma incorreta ao fogão, segundo indicam as investigações. O equipamento apresentava falhas e foi justamente por isso que os jovens acionaram o técnico, contratado pelos proprietários do imóvel. O apartamento contava com sistema de gás encanado, e qualquer intervenção no sistema deveria ter sido feita por profissional qualificado, o que não ocorreu.
O caso segue em fase final de inquérito. A Polícia Civil aguarda a conclusão de dois laudos complementares que serão encaminhados ao Ministério Público, responsável por dar seguimento ao processo judicial. A investigação reforça os riscos de contratar profissionais não habilitados para serviços técnicos e ressalta a importância da fiscalização rigorosa nesse tipo de instalação.