O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou neste sábado que escapou por pouco da morte durante o bombardeio israelense de quinta-feira no aeroporto da capital do Iêmen, controlado pelos rebeldes houthi.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse à BBC que ainda sentia zumbidos nos ouvidos desde o ataque de quinta-feira, quando se preparava para embarcar num avião em Sana’a.

— O barulho foi ensurdecedor. Ainda estou com zumbido nos ouvidos. Já se passaram mais de 24 horas. Não sei se afetou minha audição — disse ele. — A sala de embarque próxima a nós foi atingida, depois a torre de controle. Se o míssil tivesse se desviado um pouco, poderia ter caído sobre nós.

Pelas redes sociais, Tedros compartilhou um vídeo no incidente. No registro, é possível ver o momento em que o chefe da OMS e colegas saem correndo de uma área restrita do aeroporto em meio às explosões. Na postagem, no X, ele afirmou ter enfrentado um “ataque perigoso” e se disse grato a colegas e à equipe do terminal pela proteção recebida.

Chefe da OMS exibe vídeo e relata como escapou da morte em bombardeio de Israel a aeroporto no Iêmen

Chefe da OMS exibe vídeo e relata como escapou da morte em bombardeio de Israel a aeroporto no Iêmen

Na quinta-feira, Israel anunciou que atacou “alvos militares” dos rebeldes Houthi, incluindo o aeroporto de Sana’a, e afirmou que respondeu aos “repetidos ataques” destes insurgentes, que durante meses lançaram ataques contra Israel “em solidariedade” a palestinos.

Os Houthis, que controlam grande parte do Iêmen, incluindo a capital, são apoiados pelo Irã, inimigo declarado de Israel.

O chefe da OMS considerou que a proteção das instalações civis, prevista no direito internacional, deve ser respeitada.

— Não importa se eu estava lá ou não. Esta é uma instalação civil, deve ser protegida, de acordo com o direito internacional — insistiu.

Tedros visitou o Iêmen em nome do secretário-geral da ONU, António Guterres, como parte de uma missão para garantir a libertação de funcionários da ONU detidos e para avaliar a situação sanitária e humanitária no país devastado pela guerra.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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