Israel realizou ataques contra as forças do governo sírio na região de Sweida, no sul da Síria, nesta terça-feira, dizendo que estava agindo para proteger a minoria drusa e prometendo garantir que a área próxima à fronteira israelense permaneça desmilitarizada.
Um repórter da Reuters ouviu pelo menos quatro ataques, enquanto drones podiam ser ouvidos, e viu um tanque danificado sendo rebocado para longe da cidade, onde explosões de tiros foram ouvidas quando a violência entrou em seu terceiro dia.
O aumento da violência na cidade predominantemente drusa marca o mais recente desafio para o presidente interino Ahmed al-Sharaa em um local da Síria onde Israel prometeu proteger a minoria drusa.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, instruíram os militares “a atacar imediatamente as forças do regime e o armamento que foram trazidos para a região de Sweida … para as operações do regime contra os drusos”, disseram eles em um comunicado.
“Israel está empenhado em evitar danos aos drusos na Síria devido à profunda aliança de irmandade com nossos cidadãos drusos em Israel”, afirmaram. “Estamos agindo para impedir que o regime sírio os prejudique e para garantir a desmilitarização da área adjacente à nossa fronteira com a Síria.”
Mais cedo na terça-feira, um influente líder druso, Hikmat al-Hajri, emitiu uma nota acusando as forças do governo sírio de violar um cessar-fogo e bombardear a cidade, e convocou os combatentes a enfrentar as tropas do governo.
Mais tarde, o ministro da Defesa da Síria, Murhaf Abu Qasra, divulgou um comunicado declarando que um cessar-fogo completo estava em vigor e dizendo que as forças do governo só abririam fogo se fossem atacadas.
(Reportagem de Karam Masri em Sweida, Khalil Ashawi em Damasco e Maya Gebeily em Beirute)
((Tradução Redação São Paulo))