A Redação


 


Goiânia – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) executa protocolos para conter a  contaminação do rio Vermelho e mitigar danos ambientais após o derramamento de agrotóxicos na água. O vazamento aconteceu no dia 17 de dezembro após um acidente na GO-164. 


 


Na ocasião, um caminhão que transportava uma carga roubada de agrotóxicos bateu em um carro de passeio e o produto acabou contaminando o rio. O acidente foi no Km 493, na cidade de Goiás, e as duas pessoas que estavam no carro morreram. Os dois ocupantes do caminhão estão hospitalizados. 


 


Como a carga era roubada, não havia licença ambiental, com as devidas condicionantes, para o transporte do produto, como determina a lei. 


 


O local do acidente é uma grota de difícil acesso. A partir de embalagens encontradas no local do acidente, sabe-se que vazaram volumes de Fipronil, Blavity, Fox xpro, Sphere Max e Orkestra SC. Na manhã deste sábado (21/12), constatou-se a morte de peixes no rio Vermelho. Choveu 35 mm durante a madrugada de sábado na região, e é provável que a precipitação tenha carregado defensivos para o leito e causado esse fato.


 


Há equipes do Centro de Análises Ambientais e Laboratoriais (Ceamb) da Semad e a Saneago trabalhando no monitoramento de parâmetros de qualidade da água, e, por se tratar de um procedimento complexo, o resultado ainda não está pronto. Os responsáveis pela remoção já retiraram 95% dos resíduos sólidos, construíram barreiras no corpo hídrico e vão remover parte do solo contaminado. Por precaução, a Semad reforça a recomendação para os moradores não banhem ou utilizem água do rio Vermelho.


 


Protocolos do acidente


A Semad foi comunicada a respeito do acidente duas horas depois do fato, por volta das 9h30. Acionou então o protocolo de emergências ambientais, que prevê a comunicação imediata da Saneago, Defesa Civil e do Batalhão Especializado em Operações com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros. Enviou também para o local uma equipe da gerência que cuida de emergências ambientais e outra do seu próprio Centro de Análises Ambientais e Laboratoriais (Ceamb). 


 


Enquanto bombeiros trabalhavam na contenção e recolhimento de embalagens e frascos de defensivos, que foram acomodados em sacos “big bag”, e na remoção das ferragens para retirar o corpo de uma das vítimas fatais, a Semad usou a placa para chegar no responsável pelo caminhão, a quem cabe a obrigação legal de contratar uma empresa para atender a emergência ambiental.


 


Valendo-se do que diz a lei federal 6938, que atribui responsabilidade indireta aos fabricantes dos produtos vazados, a Semad acionou a BASF e a Bayer. Ambas contrataram a Ambipar, que desde então trabalha no local. As sanções administrativas cabíveis ao caso serão aplicadas pela secretaria.


 


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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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