Durante o almoço servido na Escola Lourival Pinho, na capital, nesta terça-feira (26), alguns alunos denunciaram que a comida estaria supostamente contaminada com larvas vivas de tapuru. O caso gerou revolta e rapidamente se espalhou pelas redes sociais.
A reportagem do ac24horas conversou com Alessandra Santos, mãe de uma das estudantes, que relatou o ocorrido e cobrou providências. “A minha filha me enviou a foto. Eles se sentaram para comer e, segundo ela, até procuraram a direção, mas a diretora, em vez de resolver a situação, apenas entrou no carro e saiu. Disseram que, se quisessem, procurassem os pais”, declarou.
O secretário estadual de Educação, Aberson Carvalho, afirmou no primeiro contato que determinou o envio de uma equipe técnica à escola para realizar uma inspeção. “Mandamos uma equipe hoje à tarde para verificar. A larva, quando se cozinha, não fica viva. Mesmo assim, vamos tomar providências. A escola passará por inspeção para apurar até que ponto isso procede, e as medidas cabíveis serão adotadas”, garantiu o gestor.
Escola nega contaminação e DEANE realiza inspeção
No fim da tarde, Carvalho enviou à reportagem o relatório da equipe do Departamento de Alimentação e Nutrição Escolar (DEANE), que realizou uma inspeção na unidade após o recebimento do vídeo que supostamente mostrava a presença de larvas em uma refeição.
De acordo com o documento, a visita teve como objetivo verificar as condições do estoque, da cozinha e averiguar a situação relatada. A gestão da escola informou que acredita, a princípio, que o conteúdo do vídeo possa ter sido forjado, com possível inserção intencional das larvas no prato.
A gestora explicou que está analisando as imagens das câmeras de segurança e que fornecerá informações assim que concluir a checagem. Ela também ressaltou que esteve presente durante toda a distribuição das refeições no dia do ocorrido e que nenhum aluno registrou reclamação sobre a qualidade da alimentação.
Segundo a direção, as refeições são servidas em cubas de inox devidamente higienizadas. Após tomar conhecimento da denúncia, foi realizada uma verificação imediata das cubas, sem identificação de qualquer foco de contaminação. Uma merendeira permanece responsável pela manipulação das proteínas, garantindo o controle da qualidade dos alimentos e prevenindo contaminações por insetos ou outros agentes.
Durante a inspeção, a equipe técnica constatou que a cozinha estava dentro dos padrões adequados de higiene, com o ambiente limpo e organizado, cubas de inox e buffet self-service devidamente higienizados, lixeira com pedal conforme as normas sanitárias, e a higienização de folhosos, como alface, sendo realizada de forma correta e segura.
A vistoria também incluiu a verificação do estoque, com atenção especial aos itens utilizados na refeição mencionada no vídeo. Além disso, a equipe reforçou à gestão escolar as orientações sobre boas práticas de higiene, organização e armazenamento adequado dos alimentos.
A equipe divulgou ainda que a escola emitiu uma nota oficial aos pais e responsáveis, confirmando que não foram identificadas irregularidades que justificassem a situação apresentada no vídeo. A instituição também afirmou que a equipe técnica realizou inspeções completas nos ambientes e não encontrou indícios de contaminação nos alimentos ou falhas nos procedimentos de higiene.
Susiane Tavares, gestora da escola, enviou a seguinte nota à reportagem: “Prezados pais, alunos, professores e funcionários, hoje circulou um vídeo sobre a comida servida na escola no lanche desta manhã. Desde o ocorrido, estamos investigando toda a situação. Nossa gestão e a Secretaria de Educação têm a máxima preocupação em atender bem a comunidade escolar, esclarecendo os fatos e oferecendo uma merenda de qualidade. Realizamos todos os procedimentos de investigação nos alimentos, utensílios e no espaço da cantina. O Departamento de Alimentação também esteve presente na escola e realizou a vistoria, não sendo encontrado nenhum elemento que justificasse a situação apresentada no vídeo.”
Assista ao vídeo: