Uma forte explosão assustou moradores e trabalhadores da região central do Rio de Janeiro na madrugada deste sábado (7). O acidente, que ocorreu durante o abastecimento de um veículo com Gás Natural Veicular (GNV), provocou a morte de um homem e deixou outras duas pessoas feridas.

O caso aconteceu em um posto de combustíveis localizado na Praça da Cruz Vermelha, no Centro da cidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, o cilindro de gás do carro se rompeu no momento do abastecimento, gerando uma explosão de grandes proporções. Quando as equipes de emergência chegaram ao local, o fogo já havia se extinguido.

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Apesar da rápida resposta, duas vítimas precisaram ser levadas com urgência ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Guaraci Ferreira Costa, de 64 anos, e Paulo dos Santos, de 61, foram socorridos por agentes do Corpo de Bombeiros.

No entanto, Guaraci não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. Já Paulo segue internado em estado grave. Uma terceira vítima, ainda não identificada, também se feriu, mas procurou atendimento por meios próprios.

Assista o vídeo que mostra a explosão:

Investigação sobre a explosão

Diante da gravidade do caso, a Polícia Civil abriu uma investigação para apurar as causas da explosão. O objetivo é entender se houve falha no equipamento do veículo ou erro no procedimento de abastecimento.

Além disso, o Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Rio de Janeiro (Sindirepa-RJ) divulgou nota oficial. Na manifestação, a entidade lamentou profundamente o ocorrido, prestou solidariedade às vítimas e reforçou a segurança do sistema GNV — desde que a instalação seja realizada dentro dos parâmetros técnicos corretos.

O Sindirepa aproveitou a oportunidade para cobrar maior fiscalização sobre empresas que atuam de forma irregular na instalação de kits GNV. Segundo o sindicato, uma reunião com representantes do setor e autoridades públicas já está marcada para a próxima quinta-feira. O encontro busca discutir soluções e ações preventivas para evitar novas tragédias.

O uso de GNV no Brasil cresceu nos últimos anos como alternativa mais econômica e menos poluente. Contudo, acidentes como esse reforçam a importância da instalação segura e da manutenção periódica dos equipamentos. Assim, motoristas e frentistas devem seguir todas as recomendações de segurança para evitar riscos.

GNV é seguro, mas exige cuidados

Após o trágico acidente com um veículo movido a Gás Natural Veicular (GNV) no Centro do Rio de Janeiro, o debate sobre a segurança desse tipo de combustível voltou ao centro das atenções. Embora o GNV seja considerado uma alternativa econômica e menos poluente, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) reforça que sua utilização exige atenção total às normas técnicas.

De acordo com o Inmetro, o GNV é seguro, desde que todas as exigências regulamentares sejam rigorosamente cumpridas. Em declaração recente, as áreas técnicas do Instituto — responsáveis pela Acreditação (Cgcre) e Avaliação da Conformidade (Dconf) — alertaram sobre a importância de seguir integralmente as portarias que regem o setor.

Além disso, o Inmetro mantém um conjunto de regulamentações técnicas e administrativas que abrangem todas as etapas do processo: desde a certificação obrigatória de componentes dos sistemas de GNV, até o papel dos instaladores credenciados e dos organismos de inspeção acreditados, responsáveis pelas inspeções iniciais e periódicas.

Outro ponto essencial, segundo o órgão, é a requalificação periódica dos cilindros de GNV. Esses equipamentos devem passar obrigatoriamente por testes a cada cinco anos — ou antes, caso haja suspeitas de danos —, com o objetivo de assegurar que mantenham as condições de segurança previstas no projeto original.

Ainda conforme o coordenador-geral de Acreditação do Inmetro, Marcos Barradas, a maioria dos acidentes envolvendo GNV está relacionada ao descumprimento dessas normas. Muitas vezes, os usuários negligenciam etapas importantes do processo: instalam kits em oficinas clandestinas, deixam de realizar as inspeções anuais obrigatórias e ignoram as manutenções preventivas.

“O que se identifica, na maioria dos acidentes, é a negligência por parte dos usuários. Seja ao instalar os sistemas em locais não autorizados, seja ao não realizar as inspeções de segurança veicular ou a requalificação dos cilindros”, afirma Barradas.

Dessa forma, o Inmetro destaca que a segurança do GNV depende diretamente da responsabilidade de quem instala, usa e fiscaliza. O cumprimento rigoroso das normas técnicas não é apenas uma exigência legal, mas também uma medida fundamental para proteger vidas.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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