O presidente Lula disse, reiteradas vezes, que o presidente dos Estados Unidos, Donaldo Trump, não queria falar com ele sobre as sanções tarifárias impostas ao Brasil pelo governo americano, mas não foi isso o que se viu durante a abertura da Assembleia Geral da ONU. O republicano começou seu discurso dando uma dura no governo brasileiro. Depois, deixou claro que está aberto à negociação, contudo, observou que o Brasil precisa abandonar certas práticas condenáveis.

Na opinião de quem conhece os bastidores da política local e nacional, Lula agiu certo ao recusar o convite de Trump para se encontrar na Casa Branca, principalmente, depois da humilhação mundial que o líder americano fez passar o presidente da África do Sul, acusando-o de promover um massacre de fazendeiros brancos em seu país. O presidente africano até que se esforçou para sair da saia justa. Em vão. Deixou o encontro desmoralizado.

Ainda bem que o presidente Lula não topou tomar um café com Trump. Preferiu um telefonema. É mais rápido e mais prático. A conversa da “química” era uma armadilha. Donaldo Trump é um cara articulado, um empresário de sucesso, que levou para o governo a experiência de anos na iniciativa privada. Ele é do tipo que, primeiro, acaricia para, depois, bater. E não o faz às escondidas. Pelo contrário, quer que todo mundo assista o massacre. E, pelo visto, bate colocado, como um lutador que conhece os pontos nevrálgicos do adversário.

Acredita-se que Trump tinha tudo pronto, devidamente preparado, para derrubar as narrativas construídas nos últimos seis anos sobre eleições presidenciais, democracia, liberdade de expressão, entre outros temas importantes.

Valdemir Caldas 

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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