A vacinação contra o sarampo passou a ter caráter de emergência no Brasil após o país registrar 37 casos da doença em sete estados ao longo de 2025. Além disso, o alerta foi reforçado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta segunda-feira (15), diante do cenário considerado alarmante no continente americano, onde mais de 12 mil casos e 28 mortes já foram contabilizados, principalmente no Canadá, México e Estados Unidos.

Portanto, segundo o ministro, a imunização em massa é a única estratégia eficaz para impedir que o Brasil enfrente uma explosão de casos semelhante à observada na América do Norte. Consequentemente, o Ministério da Saúde intensificou campanhas e ações preventivas em todo o país.

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Explosão de casos na América do Norte

Durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Padilha atribuiu o avanço da doença às políticas antivacina e ao crescimento do negacionismo.

“A América do Norte está tendo uma explosão de casos de sarampo por conta dessas políticas antivacina, de espalhar o negacionismo. Consequentemente, a gente só não teve essa explosão aqui no Brasil porque, quando chega um caso importado, a gente age rápido, faz o bloqueio e amplia a vacinação”, afirmou.

Segundo ele, a maioria dos casos registrados em território brasileiro teve origem em outros países, o que aumenta ainda mais a necessidade de vigilância constante. Assim, um caso recente envolvendo um paciente que desembarcou de Nova Iorque em São Paulo exigiu a adoção imediata de campanhas emergenciais de vacinação, evitando a propagação do vírus.

“Só não tivemos uma explosão porque fizemos a prevenção de forma antecipada, com campanha de vacinação do sarampo”, explicou o ministro. Dessa forma, a resposta rápida do sistema de saúde foi decisiva para conter o risco de surto.

Perigos do sarampo e importância da vacina

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, capaz de provocar complicações graves, especialmente em crianças. Além disso, pode causar pneumonia, encefalite, sequelas permanentes e até a morte. Portanto, a vacina permanece como a única forma comprovada de prevenção, sendo parte do calendário vacinal obrigatório no Brasil.

Padilha ressaltou que, em 2025, houve crescimento na cobertura de todas as 16 vacinas obrigatórias, resultado direto da retomada de campanhas de conscientização. Segundo ele, todos os imunizantes passam por rigorosos estudos de qualidade e segurança antes de serem disponibilizados à população.

“Se tem uma coisa que mais afeta a vida dos profissionais de saúde e das famílias brasileiras hoje é o negacionismo. São pessoas espalhando mentiras, infelizmente até ganhando dinheiro com isso”, denunciou.

Consequentemente, o Ministério da Saúde, em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU), já ajuizou ações judiciais contra profissionais que disseminam desinformação sobre vacinas. Entre os alvos estão médicos que comercializam cursos e supostos tratamentos de “detox de vacinas”, práticas consideradas fraudulentas e perigosas para a saúde pública.

Onde tomar a vacina contra o sarampo

A vacina contra o sarampo está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país. A imunização é indicada para crianças a partir de 12 meses de idade, com reforço aos 15 meses. Além disso, adultos que não foram vacinados ou que não completaram o esquema vacinal devem procurar os postos de saúde.

Dessa forma, o Ministério da Saúde orienta que a população verifique a caderneta de vacinação e, em caso de dúvida, busque atendimento em uma unidade de saúde para atualização das doses. A proteção coletiva, portanto, depende diretamente da alta cobertura vacinal, que impede a circulação do vírus no território nacional.

Campanha contra vírus sincicial respiratório

Além da urgência na vacinação contra o sarampo, o Ministério da Saúde iniciou a campanha nacional de vacinação contra o vírus sincicial respiratório (VSR). A imunização é destinada a gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, com o objetivo de prevenir a bronquiolite em recém-nascidos.

A bronquiolite é uma das principais causas de internação e morte em bebês no Brasil. Assim, o governo federal investiu mais de R$ 1 bilhão na compra de 1,8 milhão de doses do imunizante. O primeiro lote, com 673 mil doses, já foi distribuído aos estados.

As informações sobre locais e datas de vacinação podem ser consultadas diretamente nas secretarias municipais de saúde ou nas unidades básicas de saúde de cada região.



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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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