O Conselho de Alimentação Escolar do Distrito Federal (CAE/DF) enviou um relatório com denúncias de irregularidades na qualidade e armazenamento de produtos alimentícios oferecidos na merenda escolar da rede pública. O documento foi enviado ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) que apura o caso.
Em recentes fiscalizações, foram encontrados pacotes de arroz impróprios para consumo, com larvas e carunchos dentro, feijões contaminados, carne sem identificação de procedência e instalações inadequadas, com falta de ventilação, paredes danificadas e tubulações de gás expostas.
Seis escolas foram inspecionadas: Centro Educacional 01 do Riacho Fundo, Escola Classe 06 de Taguatinga, Centro de Ensino Médio 02 de Planaltina, Escola Classe 318 de Samambaia, Centro de Educação Infantil 08 de Taguatinga e Centro de Ensino Fundamental 06 de Brasília.
Durante uma visita ao Depósito Central da Secretaria de Educação (SEEDF) no início do ano, foram constatados dois paletes de arroz armazenados fora do galpão devido à contaminação, totalizando mais de 48 toneladas de produto impróprio.
As fiscalizações anteriores ainda revelaram presença de moscas, baratas e formigas próximas às áreas de preparo e equipamentos de refrigeração sem controle de temperatura.
O TCDF deu um prazo de 10 dias para a SEEDF explicar as falhas na conservação da merenda escolar e contaminação de arroz, e alertou para que seja apromirado os controles de qualidade e monitoramento dos estoques para evitar a distribuição de alimentos contaminados.
Outro lado
Em nota ao Brasil de Fato, a pasta afirmou que não foi notificada oficialmente sobre o relatório até o momento, mas acompanha todas as apurações conduzidas pelo Tribunal. Disse ainda estar à disposição para prestar as informações necessárias.
A SEEDF ressaltou que a alimentação escolar é regularmente fiscalizada por nutricionistas do quadro técnico e que são feitas visitas regulares nas unidades de ensino, para verificar as condições de armazenamento, qualidade e preparo dos gêneros alimentícios.
“Todas as medidas administrativas cabíveis são adotadas de forma imediata, sempre com o objetivo de garantir a segurança alimentar e o bem-estar dos estudantes da rede pública. Para isso, a Secretaria de Educação solicita laudo laboratorial completo de todos os gêneros alimentícios entregues nas unidades escolares. Além disso, quando se identifica qualquer desconformidade, no que se refere a gêneros alimentícios, esta Secretaria solicita análise laboratorial ao Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen- DF), bem como solicita recolhimento e substituição imediata do consumo do gênero”, diz um trecho.
