As imagens são arrepiantes: pedaços de entulho, paredes desabadas, um andar completamente destruído, roupas penduradas em galhos de árvores, móveis partidos ao meio, janelas estilhaçadas.
Em Trévoux, no norte de Lyon, em França, vive-se o choque depois da tragédia que matou duas crianças, de 3 e 5 anos, filhas de um emigrante português e de uma cidadã francesa.
Além destas mortes, sabe-se agora que a explosão do prédio, na tarde de segunda-feira, 15 de dezembro, fez 10 feridos, alguns dos quais em estado grave, e um desaparecido, o que poderá elevar o número de vítimas mortais para três.
As buscas continuam, por isso, esta terça-feira, um dia após o desastre, com equipamentos especializados e uma equipa cinotécnica.
As causas da explosão, que ocorreu por volta das 17h30, horas locais, mais uma hora que em Portugal Continental, ainda não é formalmente conhecida. Porém, tudo indica que se tenha tratado de uma fuga de gás.
Ao site Linternaut, um vizinho da família enlutada contou que sentiu um forte estrondo e depois cheiro a gás. Saiu de casa e ajudou outras pessoas – idosos e com problemas de comoção – a fazer o mesmo.
Porém, a família do emigrante português acabou por ser atingida. Além dos filhos que morreram, a mulher ficou ferida, mas sem gravidade. O filho mais velho, que também estaria em casa, sobreviveu sem ferimentos.
Apesar do caos, alguns vizinhos, dos prédios contíguos ao que foi atingido (e ficou destruído), já puderam regressar, na tarde de hoje, a casa.
Pai “devastado” teve de identificar corpos de filhos
Avança o Le Figaro que a explosão ocorreu, tal como já se esperava, precisamente no apartamento onde moravam os dois meninos que morreram.
O mesmo jornal diz que a mãe continua hospitalizada, “em estado de choque”. Já o emigrante português “teve de identificar os corpos” dos filhos. “Está devastado”, revelou um vizinho.
Marcelo lamenta morte de descendentes portugueses
Entretanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou, numa nota publicada no site da Presidência da República, a morte das duas crianças, filhas de um português natural de Cabeceiras de Basto, distrito de Braga.
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