No início de Março o MPMG instaurou inquérito civil para apurar a responsabilidade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) pelo lançamento irregular de esgoto in natura nos córregos Rico e Pobre, em Paracatu

Diante da gravidade da situação, o MPMG notificou a Copasa para que adotasse medidas emergenciais, interrompendo a poluição e mitigar os danos causados.

Recentemente a Promotora de Justiçam Júlia D’Alessio realizou entrevista na TV MP e concedeu alguns detalhes do processamento. O Tenente Bernardo Costa Bax, do Batalhão de Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais também estava presente.

A Promotora Julia D’Alessio, afirmou que o despejo de esgoto em in natura no Córrego Rico/Pobre chegou ao conhecimento do MP através de Boletins de ocorrências lavrados na Polícia Militar ambiental, realizados por populares da região, pessoalmente no promotoria de Justiça e por vereadores, então assim o inquérito foi instaurado.

“O lançamento de esgoto in natura configura crime ambiental, pois causa poluição, descrita no art. 54 da legislação”, disse a promotra.

Ela disse também que após o conhecimento sobre a situação foi realizada diversas comunicações com a Copasa (concessionária responsável pelo Saneamento Básico do Município de Paracatu), e foi justificado pela empresa que o ocorrido aconteceu devido as fortes chuvas no início do ano na cidade.

A promotora afirma que mesmo que seja comprovado que essa poluição foi decorrente a causa naturais (chuvas), a Copasa ainda é responsável por recuperar e restaurar os danos ocasionados.

O Tenente Bernardo, afirmou que a Polícia Militar Ambiental esteve no local e foi encontrado valas construídas pela empresa que desaguavam no Córrego Rico em vários pontos da cidade, além de intervirem em locais de preservação permanente alterando a margem do rio, contaminação da fauna/flora aquática, e foi identificado um teor de arsênio 100 vezes mais arsênio do que o normal na água, causando um impacto ambiental grande, uma vez que o córrego rico desagua no rio Paracatu que posteriormente desagua no Rio são Francisco.

O tenente relembrou que esse problema é um recidiva, pois a empresa está envolvida em várias ocorrências de crimes ambientais.

Algumas medidas emergenciais foram propostos a Copasa, como filtros biológicos, barreiras físicas porem a empresa ainda precisa apresentar medidas técnicas para auxiliar no combate dessa poluição.
O Ponta a Ponta discute assuntos de grande interesse, a partir do trabalho do MPMG em todas as regiões de Minas Gerais. Foram empregadas multas à empresa também.

XMCred Soluções Financeiras

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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