O telescópio espacial James Webb detetou a supernova (explosão de estrela moribunda) mais antiga até à data, que terá ocorrido quando o Universo tinha 730 milhões de anos, foi divulgado na última terça-feira.
O anterior recorde de antiguidade pertencia a uma supernova que existiu quando o Universo já tinha 1,8 mil milhões anos (a idade estimada do Universo, de acordo com a teoria prevalecente, é 13,8 mil milhões de anos).
A nova supernova foi identificada pelos astrónomos a partir de um clarão de luz muito brilhante conhecido como explosão de raios gama, que foi gerado pela explosão estelar cataclísmica.
As observações do telescópio James Webb “foram feitas intencionalmente três meses e meio depois do fim da explosão de raios gama”, pois era esperado que “a supernova subjacente atingisse o seu brilho máximo naquele momento“, refere em comunicado a Agência Espacial Europeia (ESA), uma das entidades que operam o telescópio.
Pela primeira vez para um evento cósmico tão remoto, o telescópio conseguiu detetar a galáxia hospedeira de uma supernova.
As observações do James Webb verificaram os dados recolhidos por outros telescópios que acompanhavam a explosão de raios gama desde o seu início, em meados de março, e os resultados são descritos em dois artigos divulgados nas publicações da especialidade Astronomy e Astrophysics Letters.
As explosões de raios gama são raras e as mais longas, como a do estudo divulgado, que durou cerca de 10 segundos e estão associadas a supernovas.
