Por Geovani Bucci
São Paulo, 06/11/2025 – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista ao Flow Podcast nesta quinta-feira, 6. O chefe do Executivo paulista respondeu a declaração do petista de que a megaoperação policial no Rio de Janeiro foi “desastrosa” e afirmou que “desastre” seria “não enfrentar o problema”.
Na última terça-feira, 4, Lula rebateu a afirmação do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), de que a operação foi um “sucesso”. De acordo com o presidente, a ação da semana passada nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos, sendo quatro policiais, teve ‘matança’ e foi ‘desastrosa’ do ponto de vista da ação do Estado.
“A operação foi classificada como um desastre. Desastre é não enfrentar o problema sério. É não enfrentar o problema e ainda criticar quem tá enfrentando. Isso é um desastre para o Brasil”, disse Tarcísio.
O governador de São Paulo também afirmou que o cenário atual da criminalidade no País é resultado de um processo acumulado ao longo de duas décadas pelos governos do PT, que teria deixado o governo federal “incapaz” de lidar com o problema. Segundo ele, esse histórico “ajuda a entender” por que o crime se fortaleceu nos últimos anos, com facções cada vez mais ousadas e ampliando seu domínio territorial.
Tarcísio também elogiou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do qual foi ministro de Infraestrutura, e disse que a gestão do capitão reformado mostrou “resultado”. “Você vê a redução de homicídios que nós tivemos naquele período, né? Uma redução da criminalidade. Eu acho que depois a coisa volta pro caminho errado”, afirmou.
Durante a entrevista ao lado do deputado federal Guilherme Derrite (PP), exonerado da Secretaria de Segurança Pública para relatar o projeto de lei antiterrorismo, Tarcísio também defendeu a megaoperação, que classificou como “bem planejada e executada”. Ele salientou que manteve contato frequente com Cláudio Castro ao longo do período de crise, com o objetivo de oferecer apoio e solidariedade. Segundo ele, é preciso “ter muita coragem” para enfrentar uma situação como a que o Estado fluminense viveu.
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