Terceiro e mais novo trabalho derivado da pesquisa que Gabriela Carneiro da Cunha desenvolve há mais de uma década sobre rios brasileiros que passaram por catástrofes, “Tapajós” está em cartaz no Sesc Avenida Paulista até 28 de setembro.
A peça aborda a contaminação de mercúrio pelo garimpo ilegal das águas do rio homônimo, que nasce no Mato Grosso e deságua no Pará.
Em cena, Gabriela e Mafalda Pequenino recontam essa história a partir da “escuta” do rio e do povo local, conduzindo o público em uma espécie de ritual. O palco transforma-se em um laboratório de revelação fotográfica e depois em uma exposição de arte.
“O mercúrio, capaz produzir uma tragédia tão grande, também pode revelar as imagens de uma fotografia. A mesma substância tem potencial de fazer existências desaparecem ou aparecem e se ampliarem”, explica Gabriela.
A primeira e segunda etapas da pesquisa resultaram nas performances “Guerrilheiras ou Para a Terra Não Há Desaparecidos” (2015), sobre o rio Araguaia, e “Altamira 2042” (2019), a partir catástrofe causada pela usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu. (90min). 16 anos.
Sesc Avenida Paulista. Avenida Paulista, 119, 3170- 0800. → Qui. a sáb., 20h. Dom., 18h. Até 28/9. R$ 50,00. sescsp.org.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 5 de setembro de 2025, edição nº2960.
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