A secretaria de estado de Saúde apontou “fortes indícios” de que o surto de doença diarreica aguda em Américo Brasiliense está ligado à contaminação da água distribuída no município. A cidade, localizada na microrregião de Araraquara, registra 2.111 casos e uma morte associada ao quadro.
As primeiras notificações de aumento abrupto nos atendimentos foram feitas no fim de outubro, quando a vigilância epidemiológica municipal identificou crescimento dos casos. A partir deste ponto, a situação passou a ser tratada oficialmente como surto.
A análise conjunta do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) e da Vigilância Sanitária Estadual apontou alterações na potabilidade da água. Os técnicos verificaram falhas no processo de desinfecção por cloro e a presença de coliformes totais em amostras avaliadas, o que motivou orientação imediata para reforço das medidas de higiene e cuidados preventivos.
Em outubro, antes das investigações estaduais, a Vigilância Sanitária Municipal já havia identificado problemas na água da rede pública. Uma amostra colhida no dia 21 apontou contaminação por Escherichia coli, bactéria associada a infecções gastrointestinais.
Enquanto tenta normalizar a rede de abastecimento, o município recebeu apoio do governo estadual. Foram encaminhados 6 mil frascos de hipoclorito de sódio a 2,5%, distribuídos como ação emergencial para consumo seguro da água até que a desinfecção seja restabelecida.
A doença diarreica aguda, conforme o Ministério da Saúde, é caracterizada por pelo menos três episódios de diarreia em 24 horas, podendo vir acompanhada de febre, náusea, dor abdominal e vômito. Com cerca de 33 mil habitantes, o município não divulgou um comparativo oficial de casos com o mês anterior.
Procurada, a Prefeitura de Américo Brasiliense não respondeu até o fechamento desta reportagem. Em entrevista à EPTV Central, na sexta-feira (14), a prefeita Terezinha Viveiros (Republicanos) afirmou que a administração municipal “atua para minimizar os impactos do surto”.
