As investigações da Polícia Civil de São Paulo indicam que duas garrafas de água mineral recolhidas após a internação de um homem no mês passado, em Garça, no interior do estado, estavam contaminadas com uma substância ácida. A conclusão faz parte de um laudo preliminar elaborado pelo Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica.

Segundo o documento, as garrafas apreendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Garça continham um líquido de “coloração levemente amarelada”, que “formava bolhas quando agitado” e exalava um “odor característico de substância ácida”.

“Foi realizado teste de pH com uso de fitas teste, obtendo-se o mesmo valor de pH para ambas, entre 0 e 1, indicando que se trata de um ácido forte”, diz trecho do laudo. O pH funciona como um indicador da acidez de uma solução — quanto mais baixo o valor, maior é o seu grau de acidez.

De acordo com a polícia, o resultado ainda é preliminar e precisa ser confirmado por uma análise química complementar que identifique com precisão a substância presente. Procurada pelo Estadão, a empresa Mineratta, responsável pela água, não se manifestou.

Em outubro, um homem precisou de atendimento em uma unidade de emergência de Garça após consumir água mineral de uma garrafa da marca Mineratta em uma UPA. Ele recebeu medicação e posteriormente teve alta. Na época, o secretário de Saúde do município, Pedro Scartezini, afirmou que o produto apresentava sinais de contaminação.

Além das duas garrafas suspeitas apreendidas na UPA, outras 117 unidades da água Mineratta foram recolhidas em distribuidoras da cidade e na própria empresa para análise. Segundo a polícia, somente os produtos encontrados na unidade de saúde apresentaram sinais de possível contaminação.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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