O relatório final do NTBS (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes) revelou que o submersível Titan sofreu um dano no casco em oito missões de teste antes da implosão que deixou cinco pessoas mortas em junho de 2023.
Segundo o documento, a embarcação sofreu o primeiro dano nas camadas do casco em 2022 durante o “mergulho 80” (nome técnico dado para os testes) quando os tripulantes disseram que escutaram um “estouro alto”.
“Mesmo após esse dano, o Titan completou mais três mergulhos (81, 82 e 83) na expedição de 2022 e vários mergulhos de teste de baixa profundidade na expedição de 2023 (84, 85, 86, 87) antes da implosão no 88”, diz o NTBS.
A embarcação sofreu novas deteriorações nos testes seguintes, antes do mergulho final, que resultou no acidenteaponta o conselho.
O resultado da investigação afirma ainda que os danos aos submersíveis ocorreram porque o processo de engenharia da OceanGate, empresa fabricante, era inadequado e a construção estava com múltiplas anomalias, além de não atender aos requisitos de resistência e durabilidade para um mergulho naquela profundidade.
Conforme o relatório, “a OceanGate não notificou os ativos de busca e resgate sobre a expedição planejada”, se a empresa tivesse seguido as orientações da Guarda Costeira dos Estados Unidos, para planos de resposta a emergências, “provavelmente teria tido ativos de resposta de emergência de prontidão”.
Isso economizaria tempo e recursos na descoberta, mas o resgate seria impossível devido à “natureza grave do acidente”.