Atualmente, no espaço orbital, há mais de 130 milhões de pedaços de detritos orbitam a Terra e essa montanha de lixo espacial aumenta exponencialmente a cada dia.

Por Redação, com agências internacionais – de Nova York, NY-EUA

A Blue Origin, empresa espacial de Jeff Bezos, anunciou nesta quinta-feira que construirá uma variante maior e mais potente de seu foguete New Glenn, apresentando planos iniciais para uma família de lançadores de satélites orbitais semelhante à frota de foguetes Falcon da SpaceX, empresa dominante de Elon Musk. Ambas as empresas lideram o volume de lixo espacial deixado na órbita da Terra, após a obsolescência dos equipamentos dispensados no espaço.

Mais lixo na órbita da Terra gera startup contra colisões espaciais | A armadura planejada pela startup Atomic-6 resiste, em tese, às colisões
A armadura planejada pela startup Atomic-6 resiste, em tese, às colisões

Atualmente, no espaço orbital, há mais de 130 milhões de pedaços de detritos orbitam a Terra e essa montanha de lixo espacial aumenta exponencialmente a cada dia, posto que constelações de satélites — como a Starlink, da SpaceX — precisam ser constantemente ampliadas e renovadas. Muitas dessas espaçonaves acabam caindo de volta na Terra, mas esse processo pode demorar até uma década.

 

Solução

Como cerca de 90% desse tráfego descontrolado se concentra na chamada LEO (órbita baixa terrestre) — com altitudes entre 160 e 2 mil km acima da superfície do planeta — a velocidade orbital dos objetos pode chegar a 7-8 km/s (cerca de 28,8 mil km/h), pois nessa região quase não há arrasto atmosférico (resistência do ar).

A necessidade, mãe de todas as invenções, levou a startup norte-americana chamada Atomic-6 a propor uma solução inovadora para o risco que representam as partículas de lixo que circulam na órbita do planeta em velocidades hipersônicas — até 20 vezes a velocidade do som. A empresa emergente criou placas de blindagem feitas com um compósito de polímero desenvolvido por processo de fabricação confidencial, capaz de deter uma parcela dos detritos.

A empresa garante que sua tecnologia é mais leve, mais fina e mais eficaz do que os sistemas de blindagem tradicionais. Nesse sentido, o grande diferencial dos novos “escudos” é não bloquear nem distorcer os sinais das ondas eletromagnéticas usadas em comunicações (rádio, Wi-Fi, radar e satélite).

 

Reforços

Um mero pedacinho de metal invisível a olho nu pode colidir de frente com um satélite e destruí-lo inteiramente. Um impacto desse tipo pode perfurar tanques de combustível (causando vazamentos ou explosões), rasgar partes estruturais da nave, danificar baterias e circuitos elétricos, e até mesmo comprometer sistemas de suporte à vida, no caso de veículos tripulados.

Visto que empresas aeroespaciais — como a SpaceX e o Projeto Kuiper, da Amazon — projetam o envio de mais de 100 mil novas espaçonaves até 2030, em comparação com cerca de 10 mil atualmente em órbita, agências reguladoras têm exigido reforços na proteção dos veículos, para evitar a criação de mais detritos no espaço.

Embora a Atomic-6 esteja aceitando pedidos de cotação para suas placas Space Armor, não há preços públicos divulgados no site nem nos comunicados. Ou seja, a empresa só fornece os valores mediante demanda e negociação. Esse tipo de sistema é estimado pela NASA entre US$ 50 mil e US$ 100 mil por metro quadrado.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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