Por Joey Roulette

A Starlink, da SpaceX, informou que um de seus satélites apresentou uma anomalia no espaço na quarta-feira, que gerou um “pequeno número” de detritos e interrompeu a comunicação com a espaçonave a 418 km (259,73 milhas) de altitude, um raro acidente cinético em órbita para a gigante da internet via satélite.

“O satélite está praticamente intacto, girando descontroladamente, e irá reentrar na atmosfera terrestre e se desintegrar completamente dentro de algumas semanas”, disse a Starlink em uma publicação no X.

A empresa disse que o satélite, um dos quase 10.000 em órbita para sua rede de internet de banda larga, caiu rapidamente quatro quilômetros em altitude, sugerindo que algum tipo de explosão ocorreu a bordo.

A empresa estava trabalhando com a Força Espacial dos EUA e a Nasa para monitorar os fragmentos de destroços, cujo número a SpaceX não divulgou em sua declaração.

A Empresa de rastreamento espacial LeoLabs afirmou ter detectado “dezenas” do que provavelmente são pedaços de detritos do acidente e que fragmentos adicionais poderão ser detectados enquanto continua a analisar o evento.

A LeoLabs acrescentou que a queda brusca de altitude provavelmente indica que o incidente foi causado por um problema interno, e não por uma colisão com outro objeto no espaço.

A unidade de rastreamento espacial da Força Espacial não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o número de detritos e pedaços, que poderiam representar riscos para outros satélites ativos em órbita.

Mas, com o satélite Starlink ainda relativamente intacto após espalhar uma área relativamente pequena de detritos, o evento pareceu ser de menor escala do que outros acidentes orbitais, como a desintegração de um satélite da Intelsat que gerou mais de 700 fragmentos, ou a desintegração de um corpo de foguete chinês no ano passado.

CRESCENTE ATIVIDADE ESPACIAL

O número de espaçonaves em órbita da Terra aumentou drasticamente nos últimos anos, à medida que empresas e países competem para implantar dezenas de milhares de satélites para constelações de internet e outros serviços baseados no espaço, como comunicações e imagens da Terra.

Muitos especialistas em políticas espaciais e executivos da indústria em todo o mundo têm defendido regras de tráfego internacional mais claras em órbita para melhor coordenar manobras evasivas e implantações de satélites entre as nações com programas espaciais, principalmente os EUA e a China.

Na semana passada, o vice-presidente de engenharia da Starlink na SpaceX, Michael Nicolls, disse no canal X que uma espaçonave de uma missão chinesa lançada recentemente chegou a 200 metros de um satélite Starlink, uma aproximação perigosamente próxima que os operadores de satélites geralmente tentam evitar.

“Até onde sabemos, não houve coordenação nem resolução de conflitos com os satélites já em operação no espaço”, disse Nicolls. “A maior parte do risco de operar no espaço vem da falta de coordenação entre os operadores de satélites – isso precisa mudar.”

Source link

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *