O número de mortes confirmadas devido a uma onda de chuvas que provocaram inundações e deslizamentos catastróficos no México aumentou para 70, outras dezenas continuam desaparecidas, informou nesta quinta-feira (16) a presidente Claudia Sheinbaum.
O desastre, que começou na semana passada com vários dias seguidos de precipitações excepcionalmente intensas, mantém ainda 160 localidades do centro e do leste do país isoladas, com estradas e rodovias bloqueadas ou destruídas, informou o governo.
“São 70 pessoas que infelizmente faleceram, 30 em Veracruz, 21 em Hidalgo, 18 em Puebla e uma pessoa em Querétaro, e há 72 pessoas não localizadas”, detalhou Sheinbaum durante sua habitual coletiva de imprensa matinal.
O estado de Hidalgo, vizinho da capital mexicana, no centro do país, concentra o maior número de municípios isolados (84) devido ao fato de muitos deles estarem localizados em regiões montanhosas onde as vias de acesso foram danificadas por deslizamentos.
Uma equipe da AFP constatou nesta semana a severa destruição de residências e infraestrutura em vários povoados serranos de Hidalgo, cujos habitantes perderam seu escasso patrimônio e clamam por ajuda diante do isolamento e da escassez de alimentos.
Veracruz, no leste do país e com costa voltada para o Golfo do México, foi o estado mais afetado pelas inundações. Várias de suas localidades são atravessadas pelos chamados “rios de resposta rápida”, que podem transbordar em poucas horas diante de um aumento do fluxo.
Mais de 12.700 militares do Exército e da Marinha estão mobilizados nos estados afetados pelo desastre, com numerosas pontes aéreas e três marítimas em operação para transportar ajuda às populações isoladas, segundo relatórios de ambas as instituições.
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