Sindmepa cobra medidas após denúncias de contaminação no Restaurante Universitário da Uepa – Sindicato dos Médicos do Pará





Alunos do curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa) denunciaram ao Núcleo Acadêmico do Sindmepa graves irregularidades nas condições sanitárias do Restaurante Universitário (RU) da instituição. As denúncias incluíram a presença de baratas, carrapatos nos alimentos, ratos, pombos, caramujos africanos, lesmas, além de má higiene nos talheres e no ambiente. Diante da gravidade da situação, foi realizada na tarde desta terça-feira (22) uma reunião entre representantes do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Uepa, a diretoria colegiada e o Núcleo Acadêmico do Sindmepa, para discutir medidas urgentes.

Durante o encontro, o vice-diretor do CCBS, Smayk Sousa, que está há dois meses no cargo, informou que já acionou a Vigilância Sanitária e enviou ofício formal solicitando vistoria nas instalações. Ele também apresentou detalhes do contrato vigente com a empresa terceirizada responsável pelo restaurante, a qual responde por serviços como limpeza, controle de pragas, manutenção e organização das filas.

Apesar da terceirização, Smayk reconheceu falhas graves na execução dos serviços e destacou que o CCBS tem tomado algumas medidas emergenciais, como a instalação de molas nas portas para impedir o acesso de animais ao restaurante. Ele também pontuou descuidos da empresa com higiene de uniformes, louças e mesas.

Foi destacado ainda que a comissão fiscalizadora do contrato, composta por docentes, técnicos administrativos e um discente, estava inativa e não vinha realizando os relatórios mensais obrigatórios. “A reativação dessa comissão foi publicada no Diário Oficial em 17 de junho e novas medidas estão sendo planejadas, incluindo a criação de um canal direto com os estudantes, por meio de e-mail e QR Code, para recebimento de denúncias e fiscalização colaborativa”, afirmou, Smayk.

O diretor do CCBS, Emanuel de Jesus, também relembrou que em reunião do colegiado realizada em maio, já haviam sido deliberadas ações para melhorar a estrutura e os serviços do RU, como a presença de nutricionistas, máquinas de lavar louça e o controle do fluxo de estudantes. No entanto, a falta de relatórios impediu o avanço de ações mais efetivas, como o rompimento contratual com a empresa prestadora.

O Sindmepa colocou-se à disposição para apoiar nas fiscalizações e no encaminhamento das denúncias aos órgãos competentes. A direção do CCBS solicitou o prazo de dois meses para a adoção de soluções efetivas, com acompanhamento da nova comissão fiscalizadora.




By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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