Acionamento de sirenes, evacuação da Central Nuclear, remoção de vítimas, deslocamento de comunidades e coleta de amostras ambientais de solo, água, ar e vegetação fazem parte do Exercício Geral Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear, que acontece até sexta-feira, 3 de outubro, nas cidades de Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba, no Rio de Janeiro. O objetivo é treinar a população desses municípios diante de possíveis desastres nas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2.
Uma das novidades deste ano é o uso inédito do sistema Defesa Civil Alerta, para o envio de mensagens de texto e avisos sonoros para os celulares em áreas de muito risco. Sem necessidade de cadastro prévio, os alertas aparecem de forma destacada na tela e podem soar mesmo nos aparelhos em modo silencioso. Qualquer cidadão, independentemente do DDD, que esteja no município com previsão de desastre, poderá receber a notificação.
Para o comandante Francisco Andrade, porta-voz da Marinha no exercício, o importante é testar procedimentos e protocolos que são empregados num evento de emergência nuclear.
“De forma que esses procedimentos possam proteger a população, proteger o meio-ambiente e as instalações nucleares que estão concentradas aqui em Angra dos Reis. Esse ano, estamos com três novidades. Uma é a questão da utilização do aplicativo da Defesa Civil, que emite os alertas em tempo real. Além disso, a gente tem a presença da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear. É a primeira vez que essa autoridade participa do exercício e também estamos aqui, a Marinha, com o comando de proteção e defesa nuclear, biológica, química e radiológica, criado recentemente e está sendo testado aqui também no exercício”, diz.
O simulado, que acontece a cada dois anos, começou na terça-feira, 30 de setembro, com a participação de 60 instituições, incluindo as Forças Armadas, Defesa Civil, Polícia Rodoviária Federal, Ibama e Ministério da Saúde.