Entre em vigor nesta quarta-feira, 19 de novembro, o Plano Serpro de Adaptação às Mudanças Climáticas. Em uma resolução interna da Diretoria Executiva da estatal de tecnologia, o plano prevê uma série de medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na empresa, bem como aumentar a resiliência institucional frente aos riscos financeiros, regulatórios e reputacionais.
Entre as diretrizes de adaptação dispostas no plano estão a resiliência da infraestrutura da empresa; ajustes na cultura organizacional e capacitação do corpo funcional; inovação e transformação digital; governança e monitoramento. Em relação a este último item, o sucesso do plano será medido por meio de indicadores que incluem, mas não estão restritos, o número de incidentes climáticos com impacto nas operações do Serpro.
De acordo com Valéria Lemos Silva, coordenadora do projeto Ser ESG No Serpro, o principal objetivo de um plano de adaptação climática é reduzir a vulnerabilidade e os danos potenciais causados pelas mudanças climáticas, enquanto se busca oportunidades de exploração benéfica. “Então para nós é bastante emblemática sua aprovação pela Diretoria no primeiro dia da COP 30 no Brasil, cujo objetivo principal é fortalecer a posição do país na agenda climática global, avançar nas negociações para conter o aquecimento global e monitorar o cumprimento do Acordo de Paris. Estamos orgulhosos”, diz o gestor.
Estruturas físicas
A superintendente de Gestão Logística do Serpro, Elayne da Col, pontua que diversas alterações já foram feitas para tal adequação, em especial na estrutura física dos prédios da empresa. “Focar nessa questão nos levou a compensar não apenas os leiautes dos prédios, mas também as obras: como prevenir riscos, antecipar cenários e agir de forma preventiva para mitigar impactos. É olhar para cada edifício com uma visão estratégica, garantindo a continuidade da operação sem perder sua história e essência”, considera.
O gerente da divisão de Obras e Infraestruturas de Instalações, Gerson Pinho, detalha melhor algumas iniciativas que já estão em execução para adequar o Serpro à resolução aprovada. “O Plano integra obras essenciais como a elevação de subestações e geradores, além da aquisição de equipamentos mais resilientes, novos nobreaks e geradores”. Ele comenta que essas obras já estão em execução na Regional Porto Alegre do Serpro. “As ações incluem avaliações anuais, revisão do seguro patrimonial e metas de energia renovável, estruturadas conforme os requisitos da ABNT PR2030 e do Plano Nacional de Adaptação”, finaliza.
