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Para enfrentar este desafio, o governo japonês apresentou um plano estratégico de energia que visa alcançar a neutralidade carbónica até 2050. Este plano combina três pilares: a maximização da energia nuclear, que deverá representar cerca de 20% da produção total em 2040 (com 14 reatores já reiniciados e 30 previstos em operação), a expansão de renováveis, que passarão de menos de um terço da produção em 2023 para 40-50%, e a redução significativa da energia a carvão, dos atuais 63% para 30-40%.
Na região de Fukushima, símbolo do desastre nuclear, há um forte esforço de transformação energética. O maior parque eólico onshore do país, Abukuma Windfarm, com 46 turbinas, entrou em funcionamento em 2025 e fornece energia a projetos locais, incluindo aquicultura e edifícios públicos, promovendo o conceito de produção local para consumo local.
A região também investe em energia geotérmica, aproveitando fontes termais naturais em Tsuchiyu Onsen para gerar eletricidade de forma sustentável, ao mesmo tempo que suporta o turismo e a recuperação económica. Atualmente, quase 60% da energia de Fukushima provém de fontes renováveis, comparado com apenas 23% em 2011.
Apesar dos avanços, segundo o The Guardian, o Japão enfrenta críticas internacionais por ser lento na transição energética, receber prémios negativos em cimeiras climáticas e apoiar tecnologias fósseis como soluções climáticas. Organizações ambientais defendem que a prioridade deveria ser eficiência energética e renováveis, como caminho mais rápido para independência energética, sustentabilidade económica e cumprimento das metas do Acordo de Paris.
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